Tecnologia

O que o 5G pode fazer no Brasil, segundo a Huawei

A Huawei, fornecedora de soluções e produtos de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), trouxe ao Brasil as principais tendências de 5G apresentadas no MWC (Mobile World Congress) 2022, maior evento do setor de tecnologia móvel do mundo, que ocorreu em março, em Barcelona (Espanha). No último dia 11 de maio, durante um evento voltado à imprensa realizado por ela em São Paulo, foram apresentadas soluções e possibilidades para o uso do 5G.

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O evento proporcionou uma imersão em 3D pelo universo 5G e mostrou como outros países estão utilizando a rede de alta velocidade para expandir a conectividade, desenvolver novos serviços e aplicações. Hoje, cerca de 700 milhões de pessoas estão conectadas ao 5G. A expectativa é que esse número chegue a 1 bilhão até o fim desse ano, e a 1,8 bilhões em 2025. Durante a Press Congress, os participantes também puderam conhecer as novas tecnologias que a Huawei está trazendo para o Brasil para acelerar o processo de transformação digital da economia do país. 

A Huawei acredita que o Brasil tem três grandes desafios para os próximos anos: expandir o acesso a dispositivos, fazer com que as pessoas usem mais a rede e desenvolver serviços baseados na rede de alta velocidade. Segundo ela, a experiência nos outros países mostra que, no início das operações 5G, os serviços usados tendem a ser os mesmos que já experimentamos com o 4G, porém com uma experiência de velocidade e latência muito superiores. Os novos serviços 5G, então, deve surgir à medida em que os ecossistemas de serviços digitais amadurecem para tirar partida da melhor tecnologia de banda larga móvel. 

Novas experiências com o 5G 

Como exemplo sobre a revolução que o 5G irá trazer para o surgimento de novos serviços, está o vídeo multiview e free view, que permitirá que os usuários sejam “os diretores da transmissão do conteúdo de vídeo ao vivo”. Com uma conexão de maior largura de banda e menor latência, os espectadores poderão controlar a imagem nos seus smartphones e escolher de qual ângulo assistir a determinado conteúdo, seja um show de música ou uma partida de futebol, por exemplo. 

Em termos de tecnologia para levar a conectividade de banda larga para as casas, a Huawei apresentou a tecnologia FWA 5G. Esta é uma solução de conexão com a rede 5G para áreas remotas onde não há fibra óptica, como zonas rurais, escolas e alguns estabelecimentos comerciais. A ideia é usar o 5G para conectar casas com a mesma qualidade de banda que a fibra óptica oferece. 

Ainda no mercado residencial, está disponível no mercado nacional, para um segmento premium de casas grandes e também para o segmento corporativo de co-works e condomínios empresariais, uma nova solução denominada FTTR (Fiber To The Room), que faz com que o sinal de WiFi chegue com a mesma qualidade a todos os cômodos da casa, através de uma fibra transparente facilmente instalável. 

Para o setor industrial, a Huawei oferece soluções de conexão e redes privadas, nuvem e dispositivos inteligentes, que permitem a automação de diversos setores. “Se a indústria brasileira não se digitalizar, ela não será competitiva”, alertou Roseiro. 

Soluções para operadoras 

Como fornecedora de equipamentos de telecom, a Huawei também apresentou novas soluções de antenas 5G para o mercado nacional, como a MetaAAU, que é um pouco maior do que as convencionais, consome 30% menos de energia por Gigabit e tem uma alta capacidade de penetração em um raio de alcance 30% maior do que as anteriores. 

A Huawei acredita que, à medida em que as redes ficam mais complexas, a tendência é de que a infraestrutura de telecom seja cada vez mais autogeridas, o que chama de Autonomous Driven Networks (ADN), com mecanismos de manutenção preventiva e otimizações de redes feitas de forma automática por programas de computador. 

A empresa ainda destacou seu papel ambiental e que está desenvolvendo soluções que aumentam a eficiência energética e reduzem o consumo, ao mesmo tempo em que e utiliza fontes renováveis. A meta é diminuir a emissão de carbono em 10% até 2030.