Para quem está entrando agora no mundo da numismática, uma pergunta é comum: é possível ganhar dinheiro vendendo moedas raras? É natural que as pessoas façam essa pergunta até mesmo para que entendam a lógica do mundo em que elas estão entrando.
De acordo com os especialistas na área da numismática, é sim possível ganhar dinheiro vendendo moedas raras. Mas para tanto, é preciso exercitar a sua capacidade de identificação das peças que são realmente valiosas.
A verdade é que a grande maioria dos brasileiros não consegue diferenciar uma moeda valiosa de uma moeda comum. O numismata vai conseguir fazer essa diferenciação, e portanto terá vantagem na busca pelos exemplares que podem ser considerados raros hoje em dia.
É o caso, por exemplo, de uma moeda específica de 1 real que está circulando pelo país nesse exato momento, e que pode ser vendida por até R$ 2,5 mil. Ao menos é isso o que dizem os catálogos numismáticos mais atualizados.
A moeda de 1 real que pode ser vendida por até R$ 2,5 mil é do ano de 1998. Nesse ano específico, a Casa da Moeda colocou em circulação um número reduzido de exemplares, o que explica o seu grau de raridade.
Para ajudar no processo de identificação dessa moeda específica, listamos abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Como dito, para que uma moeda de 1 real seja considerada valiosa e possa ser vendida por até R$ 2,5 mil, é necessário que ela seja do ano de 1998.
Mas para além disso, também é importante que o seu exemplar conte com a característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Na imagem abaixo você pode conferir valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados para as moedas que contam com esse tipo de característica:
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.