O desastre de Mariana representa a maior tragédia ambiental de toda a história do Brasil. Consequências do evento podem ser sentidas até os dias de hoje, principalmente no município de Mariana.
A tragédia aparece nas mais variadas questões de Atualidades de todo o país, com um destaque para a prova do ENEM e para as provas de segunda fase de alguns vestibulares.
Assim, é fundamental que você domine as principais características do desastre de Mariana para garantir um alto desempenho em suas provas.
O chamado desastre de Mariana aconteceu na cidade de Bento Rodrigues, no estado de Minas Gerais, em 5 de novembro de 2015. O evento é considerado a maior tragédia ambiental da história do Brasil.
A exploração de minério de ferro é uma atividade econômica muito importante para Minas Gerais, sobretudo na região do Quadrilátero Ferrífero, em que se encontra a maior produção de minério de ferro do país (cerca de 60% da produção do país). Em Mariana, por exemplo, 80% dos impostos arrecadados pelo estado vinham possuíam origens nessa atividade.
Dessa forma, podemos afirmar que é evidente que existem interesses econômicos das grandes empresas responsáveis por essa exploração na região.
Porém, as empresas nem sempre cumprem com os protocolos de segurança ambiental. Uma questão que foi muito discutida na época do desastre e que ainda persiste nos dias de hoje é que as barragens de Mariana, controladas pela mineradora Samarco e a empresa Vale, não haviam sofrido nenhum tipo de manutenção, o que as tornava extremamente perigosas mesmo antes do desastre.
O desastre de Mariana foi provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, no qual eram depositados os rejeitos de minério de ferro explorados pela empresa Samarco Mineração S.A. A empresa faz parte do grupo que concentra as maiores empresas de mineração do mundo, controlado pela brasileira Vale S.A. e pela anglo-australiana BHP Billiton.
O rompimento aconteceu no distrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município de Mariana, em Minas Gerais. Com o rompimento da barragem, mais de 60 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos da produção de minério de ferro foram despejados no meio ambiente.
O desastre não atingiu somente a cidade de Mariana distrito de Bento Rodrigues: os dejetos avançavam pelo Rio Doce e alcançavam diversos municípios da região, destruindo plantações, residências e pastagens. A enxurrada de lama continuou avançando por diversos dias e percorreu mais de 600 quilômetros até chegar no mar.
Ao todo, 19 pessoas perderam suas vidas. Muitos animais também acabaram morrendo no desastre. Além disso, muitas pessoas ficaram feridas e centenas ficaram desalojadas.
O Rio Doce foi profundamente afetado pelas substâncias tóxicas que estavam presentes nos dejetos. Até os dias de hoje, o Rio não mais consegue participar da produção de alimentos como antigamente.
O abastecimento de água potável na região também foi afetado. Além disso, a pesca, atividade fundamental para o distrito, praticamente não mais existe. Igualmente, toneladas de peixes que viviam no Rio Doce morreram. Os solos que eram irrigados pelo rio foram também contaminados e inteiras de lavoura foram destruídas.