O Darwinismo Social foi uma das tantas teorias racistas criadas no século XIX e que foram utilizadas como justificativas para o Neocolonialismo.
A teoria influenciou todo o mundo na época e o faz até os dias de hoje. Dessa forma, não é de se surpreender que o assunto seja cobrado pelas principais provas do país, com um destaque para o ENEM e os vestibulares.
No século XIX, Herbert Spencer criaria uma teoria que ficaria conhecida como Darwinismo Social. O seu nome se deve ao fato de as bases da teoria serem baseadas no pensamento de Charles Darwin.
De forma geral, a teoria afirma que existem algumas sociedades que são superiores e outras que são inferiores e as diferenças podem ser identificadas por meio de critérios físicos e intelectuais. Por essa razão, os teóricos do Darwinismo Social afirmavam que determinadas sociedades deveriam governar e dominar as que eram consideradas inferiores.
A teoria defende que sociedades inferiores, acompanhando a lógica da teoria da evolução, irão entrar em extinção a partir da seleção natural. Dessa forma, o mundo será governado por aqueles que se destacam por meio de lideranças e de capacidade intelectual de governar. No entanto, essa teoria desconsidera fatores culturais para estabelecer os parâmetros de destaque social.
A teoria, com fortes ideais nacionalistas e eurocentristas, é a base para o racismo que se consolidou no século XIX, com o Neocolonialismo, e que existe até os dias de hoje.
Por considerar algumas raças superiores a outras, o Darwinismo Social defendia a superioridade racial, determinando que os europeus, raça superior, deveriam ser dominadores. Enquanto isso, povos principalmente do continente africano eram considerados inferiores e não civilizados e, dessa forma, deveriam ser colonizados e dominados.
Um dos critérios utilizadas para a classificação das diferentes tribos africanas como inferiores era a sua maneira diferente (em relação a europeia) de realizar atividades comerciais, bem como a ausência de progressos científicos tecnológicos. Desse modo, esses indivíduos deveriam ser colonizados e utilizados como mão-de-obra nos diversos trabalhos considerados inferiores, uma vez que eram menos capacitados.
O Darwinismo Social foi criado no século XIX como uma maneira de justificar as práticas neocolonialistas que haviam sido consolidadas pela Conferência de Berlim. A teoria foi utilizada como justificativa para alguns dos maiores atos de violência do século XIX e XX, como aqueles cometidos pelo rei Leopoldo II no Congo Belga.
Diversos são os exemplos, além daquele do Neocolonialismo, em que a teoria foi usada como base e justificativa para situações de dominação entre povos.
Podemos citar como exemplo de seu uso no século XX o Nazismo, que se baseava na teoria para consolidar os seus pensamentos antissemitas. Na Alemanha governada por Hitler, acreditava-se que a raça ariana era superior as demais, o que resultou no extermínio de milhares de pessoas consideradas inferiores, como os judeus.
O racismo também pode ser considerado um fenômeno do Darwinismo Social e que está presente até os dias de hoje. No Brasil, por exemplo, embora de maneira não explícita, parte da população considera o povo negro inferior.