Independente de sua classe social, ou da região onde você vive, é fato que você conta com algumas moedas de 50 centavos espalhadas pela sua casa. Seja na carteira, na gaveta ou no cofrinho, todo mundo conta com alguns destes exemplares em algum lugar.
O que nem todo mundo sabe é que entre as moedas que você tem na sua casa, ao menos algumas delas podem ser consideradas raras. É o caso, por exemplo, da peça de 50 centavos do ano de 2003 que conta com um erro específico, considerado valioso pela maioria dos numismatas.
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 50 centavos do ano de 2003, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Como visto na lista acima, é possível notar que esta peça conta com a representação do Barão de Rio Branco. Em toda a sua biografia, ele atuou em várias profissões, mas ganhou notoriedade nacional como Ministro das Relações Exteriores do Brasil, onde permaneceu entre 1902 e 1912.
Durante a sua gestão, ele conseguiu incorporar 900 mil km ao território brasileiro sem necessidade de conflitos armados. Em toda a sua trajetória política, ele ficou conhecido como um homem que rejeitava cenários bélicos, e acreditava que tudo poderia ser resolvido na base do diálogo.
Mas afinal de contas, quanto vale a moeda de 50 centavos do ano de 2003 considerando os catálogos numismáticos mais atualizados? De acordo com as informações oficiais, em condições normais, ou seja, sem erros de cunhagem esta peça não conta com valores altos.
Entretanto, caso você encontre este exemplar com um erro conhecido como ausência de estrelas, ela poderá ser vendida a nada menos do que R$ 20.
Deste modo, basta prestar bastante atenção ao anverso da peça para identificar se todas estrelas estão presentes. Caso falte alguma, saiba que você terá uma moeda rara em mãos.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry quando perguntado sobre este assunto em entrevista recente.