O livro “O Cortiço” foi escrito por Aluísio Azevedo, escritor naturalista, ao final do século XIX.
A obra é extremamente abordada pela prova do ENEM e pelos principais vestibulares, concursos e provas do país. Assim, é fundamental que você conheça as características do livro e saiba analisá-lo.
No século XIX, uma grande proliferação de cortiços aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, o que explica a escolha do tema por parte do autor.
Um cortiço se caracteriza por ser uma grande casa, com vários cômodos. Em cada um desses é criada uma unidade habitacional, em que vive uma família.
Sendo assim, os cortiços abrigavam várias famílias que ocupavam cômodos de uma residência e utilizavam uma série de serviços em comum, como banheiros, cozinha, tanques e quintal.
Retratando esse ambiente, quase sempre de clima hostil entre os moradores, Aluísio Azevedo escreve seu livro “O Cortiço”, no qual descreve, com muita crítica, a realidade brasileira vivida na época.
A obra faz parte do movimento denominado de “Naturalismo”, caracterizado pela influência do cientificismo e por retratar os indivíduos com todos os seus instintos animais, sejam estes relacionados à sobrevivência, à alimentação ou às relações sexuais.
“O Cortiço” narra a história de João Romão, um homem muito ambicioso, dono do cortiço e Jerônimo, um português que trabalha para o grupo de operários controlados por Romão.
João Romão tem como ideal possuir uma vida parecida com a de Miranda, rico comerciante que mora do lado do seu cortiço. Para atingir esse objetivo, Romão está disposto a fazer qualquer coisa, desde ser avarento até de explorar uma mulher: Bertoleza.
Bertoleza é uma escrava que, ao ser enganada por João Romão, pensa que foi alforriada. Assim, ela presta serviços à ele, tanto em casa como em sua loja.
Jerônimo é um homem honesto que, ao ser corrompido por Rita Baiana, uma moradora do cortiço, irá enfrentar uma série de problemas envolvendo a sua própria família.
É importante ressaltar que a obra, no que diz respeito ao tempo, é linear. Ainda, o narrador de “O Cortiço” é onisciente e, dessa forma, possui conhecimento de tudo e de todos.