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O caso “se”, quando e como usar? Aprenda agora!

A palavra se é classificada em dois casos diferentes: como conjunção e como pronome. A primeira é como conjunção, na qual o termo é empregado indica uma hipótese ou condição. Portanto, expressa dúvida, acaso, incerteza e etc. Por exemplo:

Ex.: Se o calor não passar, eu vou derreter.

Nessa circunstância, o “se” vem subordinado à ação principal, “eu vou derreter”. Ele determina que se porventura a temperatura não abaixar o sujeito da oração desmanchará. A oração acima apresenta, por isso, uma condição e uma possibilidade hipotética.

O pronome se

Agora, preste bastante atenção que a situação complica um pouco. Mas, nada que não possamos resolver juntos.

O se faz parte dos pronomes pessoais. Ele está ligado à terceira pessoa do singular para os dois gêneros (Ela/Ela). É empregado como complemento do verbo transitivo direto (isto é, não exige preposição entre o verbo e o objeto), de modo que possa expressar reflexividade ou reciprocidade. Como a seguir:

Ex.: Beliscou-se para ver se sonhava.

Na oração acima temos em primeiro lugar, o pronome em seu modo reflexivo ao referir que o sujeito beliscou a si próprio. No segundo, ao contrário, é a conjunção já analisada por nós.

Se o contexto fosse de reciprocidade, o exemplo seria assim:

Ex.: Amavam-se desde a infância.

Ou seja, duas pessoas amavam uma à outra de maneira mútua.

O pronome se aparece também como complemento de verbo transitivo indireto (isto é, pede preposição). Como no caso abaixo:

Ex.:  Deu-se ao trabalho de correr até o trabalho.

Além disso, é comum o uso para sentimentos ou mudança de estado, assim: arrepender-se, condoer-se, alegrar-se, entristecer-se, derreter-se, corroer-se.

Observação!

Diferente do espanhol, as orações na língua portuguesa nunca se iniciam com pronomes pessoais, seja o se ou os demais (me, lhe, te). Apesar de no dia-a-dia ser comum falarmos, “me empresta”, o correto seria: “Empresta-me, por favor?” O mesmo acontece quando o se vem logo após à virgula. A grafia correta, portanto, é “No mato, esgueirou-se em fuga.”

Dessa forma, agora podemos ficar mais tranquilos quando ao uso do se. Boa sorte e bom trabalho!