No fim desta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou da entrega de títulos de propriedade rural no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Enquanto discursava no local, Bolsonaro alegou que a equipe econômica continua em busca de uma forma de retomar o auxílio emergencial. O presidente afirmou também que o auxílio não pode ser eterno e que ele é sinônimo de endividamento para o Brasil.
Ao falar sobre o auxílio, Bolsonaro disse ainda que “o povo quer, na verdade, é trabalho”. “No momento, a nossa equipe juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial que, repito, o nome é emergencial. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E nós sabemos que o povo brasileiro quer, na verdade, é trabalho. E juntamente com essa bancada, juntamente com a equipe econômica, cada vez mais nós facilitarmos a vida de quem trabalhar, bem como quem quer empregar”, disse ele.
Ainda no evento, Bolsonaro falou das ações do governo no Maranhão. Ele citou que a região Nordeste foi a que menos votou nele durante as eleições de 2018, mas que o governo “não olha no mapa” a quantidade de votos ao distribuir recursos.
“Ano passado, prezados moradores de Alcântara, o governo federal dispensou R$ 18 bilhões para o estado do Maranhão. A gente não olha no mapa para saber se eu fui ou não bem votado no estado. Aqui, eu fui o último estado no tocante à votação, levando-se em conta a proporcionalidade. Mas aqui, todos nós, votando ou não em mim, somos iguais. Somos brasileiros, temos necessidade e queremos evoluir cada vez mais”, disse ele.
Na última quinta-feira (11), Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmou que o retorno do auxílio emergencial precisa ser feito em conjunto com um novo Orçamento de Guerra embutido no Pacto Federativo. O ministro defende que o orçamento deve possuir contrapartida de cortes de gastos e fazer parte do compromisso de responsabilidade fiscal. O orçamento depende que uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja aprovada.
“Não vai faltar dinheiro para o auxílio emergencial. Temos esse dinheiro. Agora, precisamos de uma PEC de Guerra que nos autorize, primeiro. E, segundo, precisa estar embutido num compromisso com responsabilidade fiscal”, disse Paulo Guedes. Mas o ministro não deu detalhes sobre quais gastos seriam cortados para permitir a extensão do auxílio emergencial.