De 2011 a 2019, a piora na percepção de risco de crédito dos emissores e das contrapartes e o aumento das incertezas no mercado financeiro internacional fizeram diminuir consideravelmente a exposição em organismos supranacionais e em instituições financeiras, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Em 2020 e 2021, observa-se aumento no volume de operações com bancos centrais e supranacionais em relação a 2019, motivado basicamente por aspectos financeiros e operacionais.
O risco operacional pode ser definido como a estimativa das perdas – diretas ou indiretas – resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. No passado, esse tipo de risco era controlado apenas com práticas qualitativas de gerenciamento.
Atualmente, busca-se a mensuração dos riscos operacionais por meio de modelos quantitativos como complemento robusto das políticas de controles internos, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
A Política de Gestão Integrada de Riscos do Banco Central do Brasil (BCB) é pautada pelas diretrizes e recomendações apresentadas nos principais guias de referências em gestão de riscos e continuidade de negócios das organizações, tais como Coso, normas ISO 31000, AS/NZS 4360:2004, normas ISO 22301, entre outras, e nas recomendações de Basileia.
As ferramentas de gestão de riscos operacionais previstas nesta política durante as fases de levantamento, análise, priorização, tratamento, monitoramento e revisão dos riscos são: a Autoavaliação de Riscos e Controles (RCSA – Risk and Control Self Assessment), o Registro Histórico de Eventos (RHE) e os Indicadores-Chave de Riscos (ICRs).
Instrumentos de money market aplicações de curto prazo, tais como depósitos a prazo fixo e compromissos de recompra, explica o Banco Central do Brasil (BCB) através da recente divulgação oficial.
Nos processos de RCSA, os riscos associados a cada processo e suas possíveis causas são identificados pela percepção dos gestores do negócio e classificados pela natureza dos eventuais incidentes de impacto negativo.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), essa autoavaliação de riscos, em primeira abordagem, é conduzida por entrevistas nas quais são identificados os riscos mais relevantes associados a cada processo de negócio e classificados segundo taxonomia de risco baseada em eventos.
O resultado da identificação e da mensuração de riscos operacionais, ao final dessa etapa, permite que se tenha ampla visão dos processos, ações e projetos com cruzamentos de eventos de riscos para a tomada de medidas de mitigação de riscos por parte da organização, destaca a instituição através de documento oficial.