O uso do PIX cresce de maneira significativa no Brasil. Nesta terça-feira (30), o Banco Central (BC) revelou que o sistema de pagamento instantâneo bateu recorde de transações no país em 2023, fortalecendo a sua importância para a população brasileira.
De acordo com os dados do levantamento, as transferências de recursos e os pagamentos feitos através do PIX somaram R$ 17,18 trilhões. Esse número é recorde para o sistema, que está em vigor no país há apenas três anos.
Confira o número de movimentações via PIX dos últimos três anos:
O BC ressaltou que as transações através do PIX cresceram 57,8% na comparação com 2022. Já em relação a 2021, o número mais que triplicou, sinalizando o crescimento explosivo do sistema de pagamentos instantâneos no país.
A saber, o sistema entrou em vigor no país no final de novembro de 2020 e logo caiu na graça dos brasileiros, tornando-se a principal foram de movimentação financeira no Brasil.
Quando o BC lançou o PIX em 2020, tinha como objetivo aumentar a digitalização das transações financeiras no país. Além disso, o sistema também visava ampliar o número de pessoas com contas bancárias, ou de pagamentos, até porque todos podem cadastrar chaves PIX e começar a utilizar o sistema.
A título de comparação, havia 178,922 milhões de CPFs cadastrados no sistema em 2020. Esse volume subiu para 182,218 milhões no final de 2021 e cresceu para 188,335 milhões em 2022. Já no final de 2023, 194,119 milhões de CPFs tinham relacionamento bancário.
Esse número é muito expressivo e corresponde a 95,6% da população brasileira. Em outras palavras, o PIX chegou há pouco tempo, mas já é conhecido pela maioria absoluta da população, que utiliza o sistema recorrentemente para realizar transações financeiras.
“Um direcionador comum a todas as ações envolvendo o Pix é a democratização do acesso de toda a população brasileira a meios de pagamentos digitais. Para que esse propósito seja atingido, é necessário garantir que o uso do Pix seja acessível a todos os cidadãos, inclusive aos que possuem necessidades específicas, como pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida“, avaliou o Banco Central em 2023.
Os números do sistema de pagamento instantâneo estão crescendo de maneira expressiva no Brasil nos últimos anos. Por outro lado, a quantidade de dinheiro em circulação caiu em 2023, mostrando que as pessoas estão mudando a sua forma de realizar transações no país.
Ao final de 2020, o dinheiro em circulação no Brasil totalizava R$ 371,4 bilhões. Esse volume expressivo é explicado pelo momento que o país estava vivendo, já que aquele ano ficou caracterizado pela pandemia da Covid-19, que fez o Governo Federal injetar bilhões de reais em notas para o pagamento do auxílio emergencial.
Esse volume recuou fortemente em 2021, para R$ 339 bilhões, uma vez que o governo reduziu o volume de pagamentos no país.
Por outro lado, o valor cresceu em 2022, para R$ 342,3 bilhões. Aquele ano ficou marcado pelas eleições presidenciais e pela turbinada de benefícios sociais. Inclusive, em 2023, os benefícios seguiram turbinados, mas o volume de dinheiro em circulação acabou recuando devido ao aumento das transações via PIX realizadas no país.
Desde o final de 2023, diversas notícias envolvendo uma nova funcionalidade do PIX passaram a circular na internet. A nova função recebeu o nome de Pix Automático e já tem data definida para começar a valer no Brasil.
Veja no texto quando a nova modalidade será lançada e como ela vai impactar a vida das pessoas. Aliás, você sabe o que vai mudar com a implantação da modalidade? Descubra tudo agora.
De acordo com o BC, a nova modalidade do sistema, o Pix Automático, funcionará como uma versão do débito automático, de maneira mais aprimorada. Este serviço vai permitir aos usuários o pagamento de despesas recorrentes, como:
Em resumo, o lançamento da nova funcionalidade do PIX deverá acontecer com alguns meses de atraso. Inicialmente, o Banco Central (BC) havia projetado que o lançamento do Pix Automático ocorreria em abril de 2024.
No entanto, a entidade modificou a data de lançamento, e a modalidade vai começar a operar no Brasil apenas no dia 28 de outubro de 2024. O BC fez o anúncio da nova data no último dia 7 de dezembro, e agora resta aos brasileiros aguardarem o início do funcionamento da modalidade no país.