Nesta quinta-feira (17), o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou que o número de imigrantes empregados com carteira assinada em território nacional quase triplicou em dez anos. Em 2010, havia 55,1 mil estrangeiros registrados no mercado formal brasileiro. O índice subiu para 147,7 mil em 2019. Esses dados incluem 2020, quando o mercado de trabalho foi largamente atingido por causa da pandemia do novo coronavírus.
Esses dados englobam estrangeiros em diferentes regimes de imigração. Ou seja, engloba tanto quem imigrou com visto quanto imigrantes refugiados. O Ministério da Justiça afirma que o aumento aconteceu por causa do aumento de imigrantes do Haiti e da Venezuela de 2015 em diante. Em 2018 e 2019, o número de estrangeiros registrados no mercado formal subiu para 8,3%.
Em 2019, o Brasil registrou o maior número de pedidos de refúgio em território nacional, considerando toda a série histórica. Foram 85.520 pedidos de reconhecimento da condição de refugiado no ano passado. O número significa aumento de 34%,, mais de um terço, entre os 239.706 requerimentos realizados desde 2011.
Grande parte dos pedidos feitos em 2019 era de imigrantes da Venezuela. Ao todo, foram 28.133 peidos. Um total de 20.902 dos pedidos foram deferidos, quase 75%. Muitas aprovações aconteceram em diferentes levas de análise desde dezembro.
De acordo com o comitê, as análises mais velozes acontecem porque, em junho do ano passado, o Brasil reconheceu a Venezuela como país em situação de grave e generalizada violação dos direitos humanos, assim como a piora na situação humanitária no regime de Nicolás Maduro.
A Síria e a República Democrática do Congo foram outros dois países com maior número de pedidos de refúgio aprovado no Brasil. Foram 3.768 e 1.209 pedidos, respectivamente.