O grupo do ministro da Economia, Paulo Guedes, vem defendendo que o país não vai criar um novo imposto para a realização do pagamento do auxílio emergencial. De acordo com membros da equipe, o imposto não é a solução para o problema.
Nos últimos dias, membros do governo vêm falando sobre a possibilidade de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Dessa forma, recursos poderiam ser liberados para amparar pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia. A ideia é que o imposto desta vez fosse emergencial.
No entanto, de acordo com o ministro Paulo Guedes, nenhum imposto será criado para a realização do pagamento do auxílio. O ministro informou que o seu plano para que o país alcance o recurso para o pagamento do benefício é cortar gastos com servidores. Há algumas semanas, Guedes anunciou o seu plano de mudar os gastos com essa área.
O auxílio emergencial pode voltar a ser pago com o valor de R$250 em 2021. A confirmação veio por meio do ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou de uma conversa online com o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida.
“As camadas protetivas que eram 600, caíram para 300, agora podem descer digamos pra 250”, disse o ministro, emendando a sua fala ao comentário de que recebeu pedidos para prorrogação do benefício do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o benefício foi cobrado pelos novos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente.
O ministro Paulo Guedes defende, para prorrogação do auxílio emergencial, a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de Guerra. Segundo ele, sem a PEC, o pagamento do auxílio emergencial não poderia ser feito por medidas como o teto de gastos e a regra de ouro.
Guedes voltou a confirmar que vai “anunciar algumas novidades” nos próximos dias. Segundo ele, os programas sociais precisam de contrapartida, como o congelamento de salários de servidores públicos. Ele negou que novos impostos vão aumentar, considerando que alguns tributos podem ser substituídos ou criados.