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Novo Ensino Médio: Modelo tem sido criticado por especialistas (saiba mais!)

O Novo Ensino Médio, com suas novas regras e alterações, foi estabelecido pelo Governo Federal e o Ministério da Educação (MEC) há cerca de dois anos. Houveram desde então, algumas mudanças relacionadas a grade curricular e uma maior disponibilidade de disciplinas optativas nas escolas de todo o país.

As alterações no ensino médio proporcionaram aos estudantes de todo o Brasil inúmeras vantagens e oportunidades. De fato, foram observados muitos pontos positivos. No entanto, algumas questões foram levantadas com o passar do tempo, o que fez com que especialistas em educação criticassem o novo modelo.

Muitos grupos defendem a anulação do Novo Ensino Médio. Foram apontados alguns problemas como escolas com infraestrutura precária, baixa formação dos professores, e a redução da carga horária de disciplinas tradicionais. Os críticos afirmam que houve um aumento da desigualdade no acesso ao ensino superior.

Todavia, foi apontada uma disparidade relacionada às oportunidades de entrada às universidades entre alunos do ensino médio de escolas particulares e públicas. Sobre o Novo Ensino Médio, o MEC afirma que “transcende a simples revogação e passa pelo debate sobre melhoria da qualidade”.

Alterações no Novo Ensino Médio

O Ministério da Educação diz que tem a pretensão de realizar uma ampla pesquisa com a comunidade escolar de todo o país, em busca de identificar algumas distorções e corrigi-las, se possível. Analogamente, para a pasta, o Novo Ensino Médio deve ser aprimorado, e não extinto, como querem alguns grupos.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), representantes das redes estaduais de ensino, é preciso ajustar e aprimorar algumas questões relacionadas ao Novo Ensino Médio. Para o conselho, a revogação não é um bom caminho, sendo necessário uma discussão sobre o tema.

Em síntese, alguns estados da federação como São Paulo, por exemplo, já tem pensado em algumas alterações relativas ao Novo Ensino Médio. O governo estadual tem a pretensão de reduzir as opções dos alunos de suas escolas sobre suas formações específicas, o que pode dar mais apoio às instituições.

O que é o Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio é um modelo estrutural obrigatório, e as escolas públicas e privadas devem seguí-lo. De acordo com a lei, as escolas devem aumentar progressivamente suas cargas horárias, que anteriormente eram de 2.400 horas em todo o período de estudo, passando para 3 mil em três anos.

Ademais, desde a instituição do Novo Ensino Médio, em 2020, houve um agrupamento das disciplinas tradicionais de acordo com a área de conhecimento. Podemos destacar conteúdos como matemática, linguagens, ciências da natureza, e ciências humanas. Ou seja houve uma integração das áreas.

Agora, em 2023, os estudantes irão montar seu próprio ensino médio. Ou seja, eles poderão escolher algumas áreas para ter um maior aprofundamento de seu conteúdo. No total deverão ser três anos de estudo, sendo 1.200 horas de estudo seletivo, de acordo com seus objetivos pessoais e profissionais.

Dessa maneira, os estudantes devem obter conhecimentos relacionados à parte fixa, com cerca de 1.800 horas no total, como ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática. Desse modo, serão no total 3 mil horas de aula durante todo o ensino médio, aumentando exponencialmente o período de estudos.

Outras mudanças

O MEC também criou o “projeto de vida”, que tem como objetivo, auxiliar os estudantes a conhecer quais são as suas aspirações profissionais e pessoais. Vale ressaltar que cada instituição de ensino pode distribuir a carga horária de suas matérias da maneira como achar melhor, e com total liberdade para tal.

A princípio, a carga horária dos chamados itinerários formativos, ou seja, o conteúdo específico escolhido pelo aluno, poderá ser distribuída no primeiro ano do ensino médio, ou por todo o período de três anos de duração do curso. Deve-se observar que a língua portuguesa e a matemática são obrigatórios nos três anos.

O governo de Temer (MDB) sancionou o Novo Ensino Médio em 2017 e passou a vigorar em 2022. Espera-se por sua implantação de forma gradual até 2024. Anteriormente o modelo buscava uma preparação para que os estudantes pudessem obter o conhecimento necessário para entrar em universidades.

Em conclusão, o Novo Ensino Médio tem como objetivo principal, oferecer aos estudantes, uma formação que possa abrir as portas ao mercado de trabalho. Através do novo modelo, as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também devem sofrer algumas alterações.