O Governo Federal está neste momento analisando ainda alguns pontos sobre o novo Bolsa Família. A questão que claramente está causando mais discussão dentro do Palácio do Planalto agora é mesmo a questão do valor do benefício. Há quem fale em repasses de R$ 270, de R$ 300 e até mesmo de R$ 400. Eles não decidiram isso ainda.
No entanto, seja o valor que for, o Ministro da Cidadania, João Roma, disse em entrevista que os usuários do programa poderão receber até R$ 1000. Isso não valeria para todo mundo, mas seria uma possibilidade para vários cidadãos. De acordo com o chefe da pasta, isso aconteceria a partir do próximo mês de novembro.
João Roma explicou que esse valor seria um somatório de vários bônus dentro do novo Bolsa Família. É que o Governo Federal está estudando a possibilidade de fazer pagamentos adicionais para grupos específicos. Então essas pessoas receberiam um aumento acima do montante médio.
Dentro do Governo Federal se fala em pagar um vale-gás, por exemplo. Não é oficial ainda. No entanto, apenas como uma exercício de imaginação, uma pessoa que vai receber R$ 300 de Bolsa Família passaria a receber R$ 400 com o adicional bimestral do programa. Seria portanto algo como um aumento parcial do valor.
E há a discussão para a introdução de uma série de outros bônus. Dentro do Governo, há quem defenda a ideia de se pagar um montante adicional para as pessoas que perderam pais ou mães para a Covid-19. Alguns estados como São Paulo e Maranhão estão fazendo pagamentos neste sentido hoje em dia.
O Governo Federal também tem um plano de pagar uma espécie de crédito consignado para algumas pessoas. Funcionaria basicamente como o empréstimo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pouca coisa mudaria.
Então o usuário do programa poderia dar entrada em um empréstimo. O Governo pagaria esse valor e logo depois passaria a cobrar de maneira parcelada. Essas cobranças viriam em forma de descontos nas mensalidades do novo Bolsa Família.
Nada disso, no entanto, é oficial ainda. De acordo com informações de bastidores, todas essas ideias estão na mesa do Planalto neste momento. Membros do Governo ainda estão portanto discutindo o que pode ir para frente e o que vai ser descartado.
Na entrevista para a revista Veja, o Ministro João Roma disse que o programa em questão vai oferecer mais “portas de saída” para a população vulnerável. Ele, no entanto, evitou dar valores médios para o projeto que deve entrar em cena a partir de novembro.
“As trilhas que estamos pensando incluem o governo ampliar a compra da produção agrícola de famílias, conceder crédito consignado à população em situação de vulnerabilidade, criar mecanismos para garantir o benefício até os 21 anos para aqueles que frequentam a escola”, disse o Ministro.
“Dependendo da combinação de situações, a pessoa pode chegar a receber até 1 000 reais mensais, quatro vezes o valor do tíquete médio do auxílio emergencial”, completou o Ministro que é responsável pelos pagamentos do benefício.