O Governo Federal enviou o texto da Medida provisória (MP) do novo Bolsa Família para o Congresso Nacional. Desde então, o documento original não parou de receber propostas de emendas. De acordo com informações oficiais, são mais de 460 ideias de mudança na estrutura do projeto em questão.
Segundo informações oficiais, a grande maioria dessas emendas falam sobre a questão do valor do benefício. É que nesse texto que está no Congresso Nacional não há qualquer alusão ao patamar de pagamentos do programa novo. Por isso, vários parlamentares estão aproveitando para inserir as suas próprias ideias.
Uma das emendas, por exemplo, está pedindo para que o Governo suba o valor do Bolsa Família para até R$ 1200. Isso aconteceria apenas nos casos das famílias que são chefiadas por mulheres solteiras. Há também uma ideia para dobrar o montante do programa em casos da famílias monoparentais.
Mas nem todas essas emendas falam de valores. Uma das propostas quer criar uma espécie de 13º pagamento para os usuários. Isso quer dizer que no final de todos os anos, o Governo Federal teria que fazer uma espécie de repasse dobrado para todos os usuários. Isso, aliás, chegou a acontecer de fato com o Bolsa Família.
A grande maioria dessas propostas de emendas ao texto pressupõe que o Governo vai ter que gastar mais com esses pagamentos. Além disso, vale ressaltar que boa parte dessas ideias não explicam de que lugar o Planalto poderia tirar o dinheiro para bancar esse aumento de gastos.
Para além dessas mais de 460 emendas ao texto original, o Governo segue com o seu plano original. A ideia segue sendo começar os pagamentos do novo programa social a partir do próximo mês de novembro.
Eles seguem querendo aumentar o tamanho do projeto, mas não em um nível tão alto como esse que as emendas estão propondo. De acordo com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, há uma preocupação com a questão do teto de gastos.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, a atual versão do Bolsa Família atende algo em torno de 14,6 milhões de brasileiros. Os valores médios são de R$ 189. Isso quer dizer portanto que alguns ganham um pouco mais e outros um pouco menos do que isso.
Como o novo Bolsa Família só deve entrar em cena em novembro, o Governo está seguindo com os últimos repasses do Auxílio Emergencial. Nesta semana, por exemplo, eles estão liberando os saques da quinta parcela do benefício.
Nesta terça-feira (14), é a vez daqueles informais que nasceram em agosto. De acordo com informações da própria Caixa Econômica Federal , o dinheiro em espécie caiu na conta dessas pessoas desde as primeiras horas desta manhã.
Pelas informações do calendário oficial do programa, o Auxílio Emergencial está a duas parcelas do seu fim. Faltam apenas portanto os pagamentos dos ciclos seis e sete que devem acontecer respectivamente nos meses de setembro e outubro.