Este parece ser um momento decisivo para o futuro dos programas sociais no Brasil. É que de acordo com informações de bastidores, membros do Governo Federal estão tomando decisões que devem interferir no bolso de muita gente pelos próximos meses. E está na mesa de negociações a criação de um novo Auxílio temporário.
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Ainda não está claro como isso funcionaria. De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, a ideia é pagar esse benefício ao mesmo tempo em que libera o dinheiro para o novo Bolsa Família. Então o Governo Federal poderia seguir com os dois repasses ao mesmo tempo.
E qual seria a diferença dos dois? Ainda de acordo com o Estadão, a ideia era separar as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade daqueles brasileiros que estão em uma dificuldade momentânea de conseguir emprego e que por isso não estão conseguindo fazer nenhuma renda neste momento.
As pessoas do primeiro grupo iriam para o novo Bolsa Família. O programa deve entrar em cena a partir do próximo mês de novembro. Eles receberiam uma média de R$ 300 por mês de maneira fixa. Isso significa dizer portanto que o projeto em questão não chegaria ao fim em nenhum momento, mesmo depois da pandemia.
Os brasileiros do segundo grupo iriam justamente para este Auxílio temporário. O programa atenderia aqueles que estão passando por dificuldades momentâneas. A ideia seria pagar um valor maior que pudesse chegar até aos R$ 500. Esse projeto, no entanto, deve terminar dentro de alguns meses apenas.
Quem não gosta nada dessa ideia é o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Ainda de acordo com O Estado de São Paulo, ele estaria disposto a não deixar passar nada que ameace quebrar o teto de gastos nem agora e nem depois.
E a intenção da ala política do Governo é justamente aumentar o valor desse auxílio temporário para a casa dos R$ 500 ou mesmo R$ 600. Isso significaria de fato o mesmo que quebrar o teto de gastos públicos que está em vigor.
O Ministério da Economia, aliás, também é contra a prorrogação do Auxílio Emergencial. Eles acreditam que isso não seria necessário agora considerando que a pandemia do novo coronavírus não vem apresentando uma piora em seus números.
Mas então se o Ministério da Economia não quer um novo programa e não quer prorrogar o atual, o que eles desejam? De acordo com as informações de bastidores, a objetivo de Paulo Guedes é apostar apenas no Auxílio Brasil.
O programa, que deve substituir o Bolsa Família a partir de novembro, vai ser turbinado. A ideia é subir a média de pagamentos dos atuais R$ 189 para cerca de R$ 300. Além disso, o número de usuários subiria dos 14 milhões atuais para cerca de 17 milhões.
O problema aqui é que esse plano do Ministro não considera o fato de que cerca de 25 milhões de pessoas que recebem alguma ajuda do Governo Federal hoje vão ficar sem nada a partir do próximo mês de novembro.