O ano de 2022 começou nesta semana. Calma, você não está lendo errado. É que o ano legislativo de 2022 realmente começou só agora para a Câmara dos Deputados. A abertura oficial dos trabalhos foi feita na última quarta-feira (2) com a presença do presidente, Jair Bolsonaro. Na oportunidade, o Auxílio Emergencial já começou na pauta.
Todavia, não se trata daquele programa que terminou os seus pagamentos ainda no último mês de outubro de 2021. Pelo que se sabe até aqui, os parlamentares já começaram a discutir a criação de um novo Auxílio Emergencial. Dessa vez, a ideia de realizar esse debate é do partido de oposição presidente Jair Bolsonaro, o PSOL.
Ainda não dá para saber muitos detalhes sobre esse novo benefício. Pelo que se apura internamente, a ideia aqui é que o Governo pague o projeto para um público mais específico. É que o debate gira em torno da criação de auxílio que faça repasses apenas para as vítimas das enchentes que estão acontecendo em vários pontos do país.
“Apresentamos junto com a bancada do PSOL um Projeto de Lei que institui o pagamento de auxílio emergencial para vítimas de enchentes e outros desastres naturais. O poder público não pode responsabilizar as pessoas que perdem suas casas em momentos de tragédia. Deve apoiá-las”, disse a líder do partido na Câmara, a deputada Sâmia Bonfim (SP).
Pelo visto, esse novo Auxílio Emergencial passaria a atender muito menos gente do que aquele programa que fez pagamentos até o ano passado. Naquela ocasião, o benefício chegou na casa de 39 milhões de pessoas assistidas. Isso considerando apenas o ano de 2021. O novo projeto atenderia muito menos gente caso saia do papel.
Nas redes sociais, aliás, é possível ver que nem todo mundo gostou dessa ideia. É que existe uma massa da população que não passou por enchentes e mesmo assim precisa dessa ajuda. São brasileiros que não estão conseguindo nenhum emprego agora.
“Acho um absurdo. Eu acho que deveria voltar o Auxílio Emergencial para todo mundo que precisa agora. Não apenas para quem está sofrendo com as enchentes. Tem dinheiro para todo mundo”, disse um internauta.
O Governo Federal discorda dessa avaliação. De acordo com membros do Ministério da Cidadania, não haveria mais espaço no orçamento deste ano para pagar um retorno do Auxílio Emergencial. Pelo menos essa é a avaliação até este momento.
De acordo com dados oficiais dos Governos do estados, dezenas de pessoas morreram diretamente ou indiretamente por causa das fortes chuvas em vários pontos do país. Já são mais de 40 juntando todos os números.
No final do ano passado, aliás, regiões dos estados de Bahia e de Minas Gerais sofreram muito com esses temporais. No interior mineiro, um cânion desabou e acabou matando 10 pessoas que estavam em uma lancha de passeio de uma só vez.
Ainda nesta semana quem está sofrendo é o estado de São Paulo. Por lá, o número de mortos por causa das fortes chuvas já passa dos 25. E os bombeiros podem encontrar mais vítimas a qualquer momento. Isso porque as buscas ainda não acabaram.