A pressão sob o governo federal para a liberação de novas medidas para conter os impactos da pandemia de coronavírus no país está cada vez maior. Devido a demora de um posicionamento do governo, analistas acreditam em uma nova prorrogação do auxílio emergencial.
De acordo com a publicação da 23ª edição do Barômetro do Poder, promovido pelo InfoMoney, 64% dos analistas entrevistados enxergam altas chances para uma nova prorrogação do benefício concedido pelo governo.
O auxílio emergencial foi o maior programa por parte do governo em 2020, beneficiando cerca de 70 milhões de brasileiros, sendo eles desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de outros programas.
“Sem o auxílio emergencial , com o avanço da pandemia e a popularidade em queda, o presidente não hesitará em confrontar a agenda de Paulo Guedes.”, disse um analista.
“Congressistas voltarão do recesso pressionados a votar a prorrogação de algum tipo de Auxilio Emergencial. Haverá um ‘save face’, mas na prática o Teto de Gastos será rompido”, afirma outro analista.
De acordo com fontes, o presidente Jair Bolsonaro é a favor de uma nova prorrogação do auxílio emergencial. No entanto, para que aconteça, os novos pagamentos devem estar dentro do Orçamento.
Para a liberação de novos pagamentos, é necessário que o presidente aprove a PEC emergencial para liberar espaço no orçamento federal. O texto da PEC estabelece mecanismos de ajuste fiscal, para situações onde as operações de crédito da União possam exceder a despesa de capital.