Na última quinta-feira (16), o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que a previsão do salário mínimo de 2022 será alterada devido a nova alta da inflação. Segundo ele, o novo piso nacional será R$ 1.192 no próximo ano.
Todavia, conforme pesquisas, embora seja realizado o reajuste, o salário mínimo será cinco vezes menor que o necessário para sustentar uma família com quatro componentes, por exemplo.
De acordo com a equipe econômica, a projeção da correção foi realizada conforme os indicativos da inflação. Isso porque, para determinar o valor do salário mínimo, o governo recorre ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Caso a previsão indicada seja confirmada, o piso nacional será elevado de R$ 1.100 para R$ 1.192. Na primeira projeção, o governo estimava uma quantia inferior, equivalente a R$ 1.169. Entretanto, vale ressaltar que o recurso pode ser novamente alterado a depender dos trâmites econômicos do país.
O reajuste no salário mínimo não só altera a remuneração paga aos trabalhadores, mas também os benefícios de alguns programas sociais do governo. Neste sentido, vale mencionar que todos os abonos concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm como base o piso nacional.
Por lei, o Instituto não pode conceder um benefício com um valor inferior ao salário mínimo vigente. Desta maneira, aqueles que recebem a pensão ou aposentadoria mínima, poderão receber a partir de janeiro de 2022, R$ 1.192.
Já aqueles que recebem benefícios com valores superiores, como o teto do INSS, podem passar a receber em 2022 uma quantia igual a R$ 6.973,99. Esse valor costuma ser aplicado em aposentadorias.
No mais, o seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e até as férias trabalhistas são corrigidas também a partir do piso nacional. Neste sentido, é possível observar o motivo pelo qual o governo não quer conceder um salário mínimo com ganhos reais.
Para fins de esclarecimento, a cada R$ 1 acrescentado na quantia, o governo passa a ter uma nova despesa de bilhões. Sobre isso, Guedes afirmou que muitos trabalhadores foram atendidos financeiramente durante a pandemia da Covid-19.