Seio pré-auricular: Malformação congênita está presente em até 10% da população

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O corpo humano é repleto de mistérios e curiosidades, uma delas é o seio pré-auricular, também conhecido como fosseta.

O seio pré-auricular nada mais é, do que um minúsculo orifício de nascença de 1 a 2 milímetros, localizado no topo da cartilagem da orelha, entre a hélice e o tragus.

Apesar de ser minúsculo, esse orifício se trata de uma malformação congênita, que também pode se apresentar em forma de nódulo.

Além disso, eles podem ser bilaterais, de 20 a 50% dos casos ou unilaterais, neste último caso, mais presente na orelha direita.

Essa malformação, ainda pode ser frequente em aproximadamente 4 a 10% da população mundial, sendo mais comum na etnia asiática e africana.

De acordo com um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Yonsei da Coreia do Sul, até 10% da população Asiática e Africana pode ter o seio pré-auricular.

Outros fatores como propensão genética, ou seja, casos na família, torna a constância do seio pré-auricular mais predominante em algumas linhagens.

Ocorrência do seio pré-auricular

A malformação, que traz como resultado esse pequeno sinalzinho na orelha, acontece ainda em fase embrionária.

Ela foi documentada pela primeira vez em 1864 pelo cientista Van Heusinger.

A fusão incompleta dos arcos branquiais no feto, essenciais para o desenvolvimento da cabeça e pescoço, dão origem ao minúsculo orifício ou em alguns casos, nódulo.

Também há estudos que evidenciam o seio pré-auricular como um remanescente evolutivo de uma guelra, como a dos peixes.

Riscos do seio pré-auricular

Mesmo que alguns portadores dessa deformidade sejam assintomáticos e nunca tenham considerado possíveis incômodos no local, há muitos casos de infecção, devido à penetração de bactérias da pele no orifício.

Também pode haver a constante drenagem de secreção, um líquido de mau odor que sai espontaneamente ou ao apertar o seio pré-auricular.

Essa eventualidade pode ocorrer, devido o acúmulo de material proveniente das células descamadas, que inclusive, abre chances para a formação de cistos. Para este tipo de ocorrência é indicada a cirurgia para remoção do sinal.

Também há estudos, que associam a malformação com a maior probabilidade de incidência de surdez ou da Síndrome Bráquio-Oto-Renal (BOR), uma das causas mais frequentes de perda auditiva hereditária. Isto porque a formação do ouvido interno e o nervo auditivo acontecem em conjunto com as estruturas da orelha externa. Diante disto, essa malformação do ouvido externo pode resultar em uma deformidade neurológica interna.

Tratamentos cirúrgicos

Os portadores do seio pré-auricular assintomáticos, devem apenas realizar a higienização adequada do local, a fim de evitar possíveis infecções.

Já para aqueles que apresentam infecção repetitiva, ou também, em casos onde o seio pré-auricular drena constantemente secreção, são indicados tratamento cirúrgicos.

Apesar de o procedimento ser simples e realizado com anestesia local, há casos que o seio pré-auricular está ramificado, dificultando sua remoção. É necessário que seja retirado toda a fosseta para que não haja recidiva.

Em todos ambos os casos é preciso realizar uma consulta com otorrinolaringologista ou médico de cabeça e pescoço.

 

 

 

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