RJ: professores seguem em greve por falta de segurança para volta às aulas

Mobilização é de educadores da rede de escolas particulares do Rio de Janeiro

Após uma assembleia virtual realizada neste sábado, 1, os professores de escolas particulares do Rio de Janeiro determinaram que seguirão em greve.

A mobilização se iniciou dia 6 de julho e será prorrogada por tem indeterminado. O intuito é demonstrar discordância com a decisão do prefeito Marcelo Crivella e do governo do Estado de reabrir as escolas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Segundo os educadores, ainda não há segurança total para a retomada. Sendo assim, reivindicam o direito de continuarem trabalhando remotamente até que a situação fique mais branda e tenha o aval dos representantes sanitários.

“Decidimos manter a greve por ainda não visualizarmos segurança para esse retorno”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio), Afonso Celso Teixeira.

Segundo Teixeira, está havendo o acompanhamento mais aprofundado para saber se é ou não a melhor hora.

“Nenhum órgão de saúde que temos consultado nos assegura que o momento de retorno é esse. O número de casos de covid-19 tem aumentado. No Rio está estabilizado, mas estabilizado em uma alta”,  justificou ele.

98% dos professores a favor da greve 

A reunião online para decidir se a greve continuaria ou não teve a presença, segundo o Sinpro-Rio, de mais de 500 professores. A maioria, 98%, foi favorável a manutenção da greve.

“Mesmo o trabalho remoto sendo um trabalho estafante, extenuante, que tem causado muitos transtornos aos professores, mesmo assim, a preferência é por continuar nesse modelo até que a gente tenha uma segurança para o retorno das atividades presenciais”, ressalta Teixeira.

O Sinpro-RJ diz que vai acionar a Vigilância Sanitária do município para que haja o cumprimento do protocolo de saúde e segurança conforme consta nas regras emitidas pela prefeitura do Rio. A entidade disse que vai se colocar à disposição para esclarecer dúvidas dos professores.

Escolas particulares abririam antes das públicas

Segundo os decretos da prefeitura do Rio Janeiro, as escolas particulares ficariam autorizadas para retomar as aulas presenciais a partir do dia 3 de agosto. Apesar disso, as medidas de restrição em todo o estado irão até o dia 5, portanto, posteriormente.

Por essas e outras que surgiu o impasse entre os professores da rede particular e o governo do estado e município. Vale lembrar que as instituições públicas ainda não têm uma previsão para voltarem a receber os alunos presencialmente.

Na decisão da prefeitura, o retorno das aulas em escolas privadas seria válido para os 4º, 5º, 8º e 9º anos do ensino fundamental somente.

Entretanto, segundo a prefeitura do Rio, “não cabe à prefeitura essa regulação sobre reabertura de escolas particulares nem creches privadas. A posição da prefeitura do Rio é apenas autorizativa quanto aos protocolos e ao cumprimento deles por parte Vigilância Sanitária”.

Já a Secretaria de Estado de Educação, em nota oficial, informou que a Secretaria de Saúde deverá atualizar as condições para a volta às aulas com segurança.

Para o o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe-Rio), Frederico Venturini, falta careza nas informações disseminadas pelos governos. “A escola particular está aguardando uma definição das autoridades para o retorno das atividade presenciais e está preparada para voltar dentro dos protocolos que foram criados pela autoridades”, colocou.

Em meio à greve aderida pelos profissionais, não se sabe por ora quantas das instituições particulares vão realmente reabrir nesta segunda-feira, 3.

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