Coronavírus: Caixa reduz juros por conta da pandemia

O presidente também anunciou o aumento de 60 para 90 dias o prazo da pausa para contratos de empréstimos de pessoas físicas e empresas

Na quinta-feira (26), Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal anunciou a redução na taxa de juros do cheque especial e do parcelamento do cartão de crédito, sendo o segundo anúncio de redução em sete dias por conta da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

De 4,9% a taxa do cheque especial do banco passará para 2,9% ao mês. Também foi anunciado a redução para 2,9% da taxa de juros cobrada no parcelamento do cartão de crédito.

O presidente também anunciou o aumento de 60 para 90 dias o prazo da pausa para contratos de empréstimos de pessoas físicas e empresas, incluindo contratos habitacionais. Afirma ainda que esse prazo pode aumentar novamente, se necessário. Segundo informações dadas pelo presidente, até hoje 750 mil clientes já pediram a postergação do pagamento das parcelas da casa própria.

“Já conversei com o Paulo Guedes (ministro da Economia). Se necessário, ampliaremos para 120 dias, 150 dias”, afirmou o presidente.

Caixa precisa de aprovação do Senado para pagar o benefício de R$ 600

Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, afirmou que a instituição aguarda a aprovação do Senado para poder iniciar o pagamento social de R$ 600 ao mês para trabalhadores informais. Segundo o presidente, o pagamento ocorrerá em agências bancárias, lotéricas e pelo celular.

Ainda ressalta o presidente que, aqueles que possuem uma conta na Caixa receberão o valor integral em suas contas e os que não forem correntistas do banco podem fazer transferência gratuita para outros bancos. Um calendário deve ser divulgado em breve.

“A Caixa fará parte do esforço sempre para ajudar a população”, declara durante coletiva de imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

Câmara dos Deputados aprovou o auxílio mensal no valor de R$600 para trabalhadores informais e pessoas com deficiência que ainda aguardam na fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) até a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo a medida aprovada, no caso de mulheres provedoras de família, a cota do auxílio emergencial vai ser paga em dobro, ou seja, R$1.200 mensais. Para entrar em vigor, é necessário que o texto seja avaliado pelo Senado Federal.

Segundo o texto da medida, os valores serão repassados aos brasileiros durante três meses, com possibilidade de ser prorrogado enquanto durar a calamidade pública devido à pandemia do novo coronavírus.

O valor é três vezes maior da quantia anunciada inicialmente pela equipe econômica do Governo Federal. Além disso, a proposta é maior ao do que estava sendo negociado com os deputados. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, o aumento foi negociado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o deputado Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara, onde o projeto é analisado.

“Conversei com o Paulo Guedes, o major (Vitor Hugo) também conversou, e o Paulo Guedes resolveu triplicar esse valor. A gente sabe que R$ 200 é pouco, R$ 600 dá uma ajuda pra quem perdeu o emprego, né… Os informais que perderam sua atividade. Então, dei o sinal verde”, disse Bolsonaro, durante live nas redes sociais.

A matéria foi aprovada de forma simbólica, sem a contagem dos votos. No entanto, o texto foi aprovado de forma unânime pela indicação dos partidos durante sessão virtual da Câmara. Nenhum destaque foi aprovado.

“Conseguimos esse avanço de R$ 500 por pessoa, podendo chegar a R$ 1 mil por família e quando a mulher for provedora, para garantir a dignidade da família. Por isso nosso apoio total ao projeto”, afirmou o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP) no início da votação. “Esse é um dia histórico para o Parlamento brasileiro”, afirmou o líder do PSB, Alessandro Molon (RJ).

O vale para os trabalhadores informais, também apelidado de “coronavoucher”, vai ser uma maneira de minimizar os efeitos causados pela atual crise. O auxílio servirá para repor a renda de trabalhadores de baixa renda que não têm condições de trabalhar durante a quarentena para conter a disseminação do vírus.

Na primeira proposta do governo, quando valor era de R$200, o governo anunciou que o valor custaria em torno de R$15 bilhões ao longo de três meses. O governo ainda não divulgou o impacto orçamentário do vale de R$600, mas ao que tudo indica, se for mantido o mesmo quantitativo de beneficiados da proposta inicial, é possível que o valor a ser desembolsado pelo governo alcance o valor de R$ 45 bilhões.

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