No mundo da numismática, a prática de vender moedas raras no quilo é muito comum. Este um procedimento válido sobretudo quando estamos falando de peças que não são tão valiosas. Nos últimos meses, no entanto, algumas pessoas estão vendendo um exemplar muito raro no quilo, sem saber que está perdendo dinheiro.
Estamos falando da moeda de 200 réis do ano de 1934. Trata-se de um exemplar que não possui mais valor monetário, e que não pode mais ser encontrado em um trocado na feira, por exemplo. De todo modo, nada impede que você encontre a peça em qualquer outro lugar.
Uma das principais curiosidades sobre esta moeda é que ela é considerada uma das mais raras da sua coleção. Vários colecionadores renomados do país ainda não conseguiram encontrar o item. Eles estão pagando muito dinheiro por quem encontrar o exemplar em bom estado de conservação.
Informações oficiais da Casa da Moeda indicam que pouco mais de 612 mil peças de 200 réis foram postas em circulação no ano passado. O número é considerado muito baixo pelos numismatas, o que pode ajudar a explicar o seu grau de raridade.
Outra curiosidade sobre a moeda é que ela conta com um gravador desconhecida. Até aqui, não se sabe ao certo quantos e quais foram os artistas responsáveis pela cunhagem da peça.
Abaixo, você pode conferir as principais características da moeda de 200 réis do ano de 1934, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Mas afinal de contas, quanto vale a moeda de 200 réis do ano de 1934, de acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados? A resposta para esta pergunta está no quadro abaixo:
| MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
|---|---|---|
| R$ 10,00 | R$ 100,00 | R$ 240,00 |
Caso você tenha a moeda de 200 réis do ano de 1934 certificada, saiba que ela pode ser vendida por nada menos do que R$ 1 mil em 2024.
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.
Os réis foram as primeiras moedas da história do Brasil, e começaram a ser usadas ainda no período de colonização até poucas décadas atrás. Na chegada dos portugueses, não existiam moedas no Brasil, e o comércio era realizado basicamente em um sistema de trocas de produtos.
Com o avanço da colonização, e consequentemente do comércio, o Brasil começou a ter o mesmo padrão monetário do Portugal: o real. Os reais, plural do real, acabaram sendo popularizados como réis, nome que acabou funcionando oficialmente por centenas de anos.