Direitos do Trabalhador

Movimentos que pediam aumento no valor do Auxílio perdem força

Movimentos ganharam força há algumas semanas. Mas logo depois do início dos pagamentos, os protestos perderam força

O Palácio do Planalto vê com bons olhos a nítida diminuição de movimentações populares que pediam um aumento no valor do Auxílio Emergencial. Esses movimentos ganharam força há algumas semanas. Mas eles perderam tamanho da última semana para cá.

Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo… Quase todos os estados da Federação e o Distrito Federal registraram protestos pelo aumento no valor do Auxílio. Boa parte deles já não registrava uma presença marcante de pessoas, mas os protesto estavam lá.

A avaliação do Governo já nesta época era de que esses movimentos tinham duas frentes. A primeira frente tinha o comando de estudantes. Esses protestos costumavam ter cartazes e a presença constante de alunos de universidades do país.

A segunda frente tinha os sindicatos no comando. Normalmente esses protestos aconteciam por meio de carreatas e buzinaços com direito até a carro de som. Nos dois casos, o Governo Federal temia que os movimentos pudessem crescer e ganhar uma parcela menos partidária da sociedade.

Mas a avaliação deste momento é que isso não aconteceu. Membros do Governo chegaram a dizer que os protestos iriam diminuir muito quando o Planalto pagasse a primeira parcelas do novo Auxílio. Pelo menos até aqui é justamente isto o que está acontecendo.

Popularidade de Bolsonaro

Além da diminuição no número de protestos, o Governo espera que as novas parcelas do Auxílio Emergencial ajudem a alavancar a popularidade do Presidente Jair Bolsonaro. Neste momento, as mais diversas pesquisas do opinião dão conta de uma queda grande na aprovação do Presidente.

Mas dentro do Governo, imagina-se que agora pode ocorrer um fenômeno semelhante ao que aconteceu no ano passado. É que na época, a popularidade de Bolsonaro subiu na mesma medida em que o Planalto pagava o Auxílio Emergencial para a população mais humilde.

Seja como for, cientistas políticos afirmam que o valor do novo Auxílio pode acabar prejudicando essa repetição da popularidade do ano passado. É que neste ano, o Governo vai pagar o Auxílio para menos gente e com uma média nitidamente menor de pagamentos.

Valores do Auxílio

De acordo com as informações oficiais, o Governo está pagando quatro parcelas deste novo Auxílio. São três valores: R$ 150, R$ 250 e R$ 375. Esses valores variam de pessoa para pessoa a depender das condições de cada um Pelo menos é isso o que indica o texto da Medida Provisória (MP).

Mulheres solteiras com filhos menores de idade, por exemplo, irão receber o maior valor. Já as pessoas que moram sozinhas deverão receber o menor valor, que é o de R$ 150. De acordo com o próprio Palácio do Planalto, cerca de 20 milhões de pessoas irão receber esse valor menor.

Dessa forma, dá para dizer que a maioria das pessoas irão receber mesmo esse menor valor. Ao todo, essas pessoas receberão portanto quatro parcelas de R$ 150, que vai dar R$ 600 no total para cada um. Para tirar dúvidas sobre o Auxílio Emergencial, basta ligar para o número 111.