Muitos colecionadores buscam moedas antigas para completarem alguma coleção ou para aumentarem o acervo de itens que possuem. Nos últimos tempos, o colecionismo desses modelos vem crescendo de maneira significativa no país, atraindo cada vez mais pessoas.
Quem se interessa por moedas tem encontrado muito conteúdo na internet, com ofertas de peças raras por preços impressionantes. Alguns modelos de apenas centavos chegam a valer centenas ou até milhares de reais, e existem pessoas que pagam valores muito elevados por esses itens, mesmo que o seu valor monetário seja muito pequeno.
Isso acontece porque os numismatas acreditam que o dinheiro gasto com essas peças é justa devido à sua raridade. A propósito, as pessoas que estudam, pesquisam ou se especializam em cédulas, moedas e medalhas recebem o nome de numismatas. Além disso, o termo também caracteriza quem coleciona esses itens.
A saber, os colecionadores estão buscando algumas moedas de 50 centavos, mas os modelos são comuns. Em outras palavras, as peças não possuem particularidades como falha de fabricação ou produção exclusiva para data ou evento comemorativo, fatores que elevam o valor dos itens, uma vez que os tornam difíceis de serem encontrados.
Contudo, existem outras particularidades que valorizam as moedas, como antiguidade e baixa tiragem, e foi justamente isso o que aconteceu com as moedas de 50 centavos apresentadas neste texto. Os modelos foram fabricados há mais de duas décadas e sua aquisição tem sido difícil devido à sua antiguidade.
A propósito, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em suma, as moedas de 50 centavos apresentadas neste texto estão valendo centenas de reais devido à sua antiguidade e à baixa quantidade de unidades produzidas. Aliás, os modelos foram fabricados nos anos de 1998, 2000 e 2001.
Confira abaixo as produções daqueles anos:
Essas foram as menores quantidades de moedas de 50 centavos produzidas em um ano no Brasil. Naquele período, a Casa da Moeda ainda utilizava cuproníquel nos itens, algo que chegou ao fim devido ao valor elevado deste material. Nos anos seguintes, as peças de 50 centavos passaram a ser fabricadas em aço inoxidável, que tem um custo menor.
A título de comparação, a produção de 2006, que foi a menor tiragem desde o início da fabricação com aço inoxidável, teve quase 40 milhões de unidades, superando significativamente os números de 1998 a 2001.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama Flor de Cunho (FDC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de Soberba (SOB) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Ainda existe um estado de conservação chamado Flor de Cunho Excepcional (FDCe). Nesse caso, a moeda se refere a uma exceção, sendo considerada o modelo perfeito, sem qualquer defeito de cunho e marcas de contato, e com todo o brilho original.
De acordo com o catálogo ilustrado Moedas Brasileiras, as peças de 50 centavos possuem valores que variam de R$ 70, no caso dos modelos fabricados em 1998 e cuja matriz de cunho está duplicada que sejam MBC, a R$ 450, no caso do item FDC.
Em resumo, existem diversos catálogos no país que listam moedas com características específicas. Estas publicações também informam o valor de cada item, servindo como uma base para as negociações.
Geralmente, os numismatas pagam valores semelhantes aos apresentados em catálogos. Contudo, caso o colecionador acredite que deva pagar mais caro pelos itens, ele o fará. Da mesma forma, se ele não acreditar que o modelo é tão valioso assim, tentará pagar um valor mais baixo aos vendedor.
Seja como for, essas publicações vêm ganhando mais espaço nos últimos tempos, e sua procura tem aumentado no país. Os colecionadores buscam os catálogos para terem uma ideia das ideias raras e de quanto elas estão custando, enquanto as pessoas que vendem estes itens ficam por dentro do valor que podem cobrar por cada um deles.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.