Quem não gostaria de trocar alguns centavos por centenas de reais? Isso pode acontecer com as pessoas que têm em sua posse as peças buscadas pelos numismatas, já que eles não se importam de pagar verdadeiras fortunas por estes modelos.
Em resumo, o universo da numismática cresce no Brasil com mais intensidade nos últimos anos. Isso vem acontecendo, principalmente, desde a realização das Olimpíadas no país, em 2016.
À época, o Banco Central lançou 17 moedas de 1 real em comemoração ao evento esportivo mundial, e as peças entraram em circulação no país. Contudo, agora é muito difícil encontrar esses itens, porque muitas pessoas preferiram guardá-los por serem incomuns e raros.
Em síntese, os numismatas buscam moedas com características incomuns, difíceis de serem adquiridas. As principais peculiaridades procuradas são: modelos com tiragem baixa ou cuja fabricação ocorreu apenas para alguma data ou evento comemorativo. Esses objetos tendem a valer mais no país, bem como as peças que possuem alguma falha de cunhagem.
Foi isso o que aconteceu com algumas moedas de 5 centavos, que estão valendo R$ 300 devido a um mesmo erro que foi observado em modelos de vários anos.
Essa falha é pouco perceptível para a população, mas é bastante visível para os numismatas. A propósito, numismática se refere ao estudo, pesquisa e especialização de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, bem como ao colecionismo destes itens.
A saber, as Olimpíadas foram muito importantes para a numismática, pois não atraiu apenas os colecionadores de moedas, mas também apresentou esse universo a pessoas que, até então, não demonstravam muito interesse nesses objetos. E, agora, as demais moedas estão atraindo a atenção de milhares de pessoas no país.
No Brasil, as moedas de 5 centavos não costumam fazer muito sucesso entre as pessoas, já que figuram como os itens de menor valor monetário em circulação no país. Aliás, não é possível comprar praticamente nada com esse valor.
No entanto, alguns itens podem valer bem mais que apenas troco. Em suma, os numismatas chegam a pagar pequenas fortunas por itens específicos, contanto que eles tenham alguma peculiaridade.
Esse é o caso de 5 moedas de 5 centavos que valem muito mais que centavos por causa de um erro encontrado em todas elas. São modelos fabricados entre 2005 e 2009, há pelo menos 15 anos, e que ainda podem ser encontrados em circulação no país.
De acordo com o catálogo ilustrado Moedas com Erros, as moedas de 5 centavos que se valorizaram no país apresentam o seguinte erro: reverso horizontal 90º. É uma falha bastante característica, mas difícil de ser percebida por muitas pessoas.
Para conferir se alguma moeda que você possui tem esse erro, basta girá-la na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girá-la, o reverso ficar de lado, para a direita ou a esquerda, significa que ele está na horizontal, algo que não deveria acontecer.
A falha foi identificada em diversos modelos, de 2005 a 2009, e os itens apresentam o valor de R$ 60. Caso a pessoa encontre peças com falhas de todos esses anos, poderá ganhar R$ 300.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em resumo, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
De acordo com especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar luvas para que não haja desgaste do material, pois as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos gastos.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.