A numismática – estudo das moedas e cédulas – é um campo complexo, onde pequenas variações podem transformar peças comuns em itens de grande valor para colecionadores. Algumas moedas de 10 e 25 centavos com erros de cunhagem, aliás, são exemplos perfeitos disso. A seguir, conheça diversas moedas dessas denominações, emitidas entre 1998 e 2020, e entenda como os erros de cunhagem influenciam seus valores.
Antes de mais nada, deve-se ressaltar o que de fato são os erros de cunhagem. Essas são variações que ocorrem durante o processo de fabricação da moeda. Esses erros podem incluir:
No caso das unidades aqui mencionadas, as falhas de produção se resumem a essas duas anomalias. No entanto, existem muitos outros defeitos que poderão, eventualmente, atingir uma moeda. Nesse caso, em específico, estaremos focando em moedas com reversos anormais.
Veja abaixo alguns exemplares de 10 centavos que, quando apresentam reversos anômalos, valem bem mais do que o esperado:
A moeda de 10 centavos de 2002 com reverso horizontal é um exemplo clássico de erro de cunhagem. Esse erro ocorre, conforme você já sabe, quando a face reversa da moeda é impressa em um ângulo diferente do usual. Dependendo do estado de conservação, os valores podem variar:
Semelhante à anterior, a moeda de 2003 com reverso horizontal também é bastante valorizada:
As moedas de 2005 podem apresentar tanto um quanto outro tipo de erro:
Em seguida, confira moedas de 25 centavos que também aumentam de valor quando possuem reversos com poblemas:
A moeda comum de 25 centavos de 1998 em Flor de Cunho (FC) tem um valor de R$ 20. As moedas de 1999 com reverso invertido também são valiosas:
A moeda de 2001 com reverso invertido em Muito Bem Conservada (MBC) vale R$ 45.
O fato de uma moeda possuir um erro de cunhagem, entretanto, não é o único que irá ajudar a medir o preço da peça. Existem outras questões que são relevantes:
O estado de conservação é, antes de mais nada, um dos fatores mais críticos na avaliação de uma moeda. Moedas em Flor de Cunho (FC), que estão em estado impecável, são altamente valorizadas. Moedas em estados de conservação inferiores, como Muito Bem Conservada (MBC) ou Soberba (S), também podem valer muito, especialmente se tiverem erros de cunhagem.
Algumas moedas também se enquadram em categorias intermediárias (como MBC/S). Isso quer dizer que a moeda não está nem em uma classificação nem em outra. Ela está “no meio das duas”. A moeda MBC/S, por exemplo, é melhor que uma moeda MBC, mas pior que uma moeda S.
Essa escala é muito útil para os colecionadores. Confira a seguir a ordem completa, da melhor categoria para pior:
Como você deve ter notado, as classificações BC, R e UTG nem sequer foram mencionadas. Isso porque essas são classificações bem mais baixas. Sendo assim, moedas nessas condições valerão pouco ou até nada (mesmo quando contarem com erros de cunhagem).
Por fim, a quantidade de moedas emitidas também afeta seu valor. Moedas com tiragem limitada são geralmente mais valiosas, pois são mais raras. Por exemplo, se uma moeda de 2001 foi emitida em menor número que uma de 2002, seu valor tende a ser maior, já que a mesma é mais escassa.