Você já encontrou alguma moeda antiga guardada em casa? Em várias casas do país, as pessoas mais velhas têm peças esquecidas no fundo da gaveta ou da bolsa. Diversos destes modelos já deixaram de circular pelo país e não têm mais valor monetário, ou seja, não podem ser utilizados para comprar algo ou pagar contas.
Embora essa realidade mostre que os itens não têm valor, essa não é a realidade no universo da numismática. Em suma, algumas moedas antigas podem valer centenas de reais devido a um erro de fabricação que geralmente passa despercebido pela população, visto que só podem ser identificados por quem sabe exatamente como os elementos dos modelos deveriam estar dispostos no disco.
A propósito, as pessoas que estudam, pesquisam e se especializam em moedas, cédulas e medalhas recebem o nome de numismatas. O termo também designa o ato de colecionar estes itens.
Em resumo, a Casa da Moeda fabrica as moedas e cédulas no Brasil, conforme os pedidos do Banco Central. Cada modelo tem centenas de milhões de exemplares produzidos, e sua fabricação ocorre de acordo com a necessidade do país. Logo, alguns modelos podem ter altas produções em diversos anos, mas também pode ter poucas unidades produzidas em outras ocasiões.
Aliás, quantidade reduzida de moedas produzidas é uma das características que podem valorizar as peças no país. Como, nesses casos, há menos itens disponíveis, mais valiosos tendem a ser os existentes, principalmente se possuírem alguma peculiaridade, como um erro de fabricação.
Cabe salientar que a baixa disponibilidade é um dos principais fatores de valorização das moedas, mas não o único. Os colecionadores também pagam quantias muito elevadas por peças fabricadas para datas ou eventos comemorativos ou cuja quantidade em circulação no país esteja muito baixa. A antiguidade também é uma peculiaridade que pode elevar significativamente o valor de uma moeda no país.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro de maneira automática, com as mesmas chapas. Entretanto, alguns itens acabam apresentando defeitos por algum motivo, e são estes exemplares que costumam valer muito para os colecionadores.
Foi isso o que ocorreu com algumas moedas de 50 centavos, cuja cunhagem apresentou erros que elevaram em milhares de vezes o valor dos itens e que podem render uma boa grana para quem possuí-los.
As peças foram fabricadas nos anos de 1967 e 1970, com a fabricação da maioria dos itens tendo ocorrido sem falhas de cunhagem. Entretanto, também houve peças catalogadas com o seguinte erro: reverso horizontal em relação ao anverso.
Para conferir se o modelo tem o reverso horizontal, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de lado, significa que ele está na horizontal, algo que não deveria acontecer, e o reverso pode estar em um ângulo de 90º ou 270º.
Como a maioria das moedas não possui esse erro, o valor das peças com falha acaba disparando, já que sua disponibilidade é bem menor, uma vez que os itens são raros.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, os modelos antigos de 50 centavos, valem entre R$ 50 e R$ 75, a depender do modelo. Caso a pessoa tenham todos os itens com falhas, poderá ganhar até R$ 260. É uma boa grana para peças que não possuem mais valor monetário no país e que figuram apenas como itens de recordação.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores do país.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos com a venda de cada item. Cabe salientar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.