A moeda de 20 centavos do Cruzeiro, cunhada no período de 1970 a 1979, é um objeto de grande interesse entre colecionadores e numismatas devido a um erro de cunhagem específico que a torna única e valiosa. Esta moeda, conhecida como “moeda boné”, possui uma representação da indústria petrolífera descentralizada em seu disco central.
Para entendermos a significância dessa moeda, é importante primeiro entender o contexto em que ela foi emitida. Durante os anos de 1970 a 1979, o Brasil vivia sob um regime militar.
Apesar da repressão política, o país experimentava um período de crescimento econômico conhecido como “Milagre Econômico”. Durante esse tempo, o Cruzeiro era a moeda oficial do país e a Casa da Moeda do Brasil localizada no Rio de Janeiro era responsável pela emissão das moedas.
A peculiaridade dessa moeda reside no fato de que a representação da indústria petrolífera, presente no verso da moeda, é descentralizada em relação ao seu disco central. Este erro de cunhagem é considerado raro e resulta em uma característica distintiva que a diferencia das demais moedas comuns de mesma denominação e período de emissão.
A moeda de 20 centavos em questão possui diversas características que a tornam única:
O grande destaque dessa moeda, que aumenta seu valor para colecionadores, é um erro de cunhagem conhecido como “disco descentralizado”. Esse tipo de erro ocorre quando o disco de metal que é usado para formar a moeda não é centrado corretamente durante o processo de cunhagem.
Isso resulta em uma moeda que tem uma borda mais larga de um lado do que do outro, criando um efeito visual único. Esse tipo de erro é bastante raro e, por isso, aumenta muito o valor da moeda para os colecionadores.
Devido à sua raridade e ao erro de cunhagem, a moeda de 20 centavos do Cruzeiro com a representação descentralizada da indústria petrolífera tem despertado grande interesse entre colecionadores e investidores numismáticos. Estima-se que exemplares em bom estado de conservação e com esse erro específico possam alcançar valores significativos no mercado de colecionismo, podendo chegar a até R$2 mil ou mais em leilões e negociações especializadas.
Além do valor pecuniário, essa moeda também possui um valor histórico e cultural, representando um período específico da história econômica e numismática do Brasil. A indústria petrolífera foi um setor de grande importância para o país durante a década de 1970, marcando um período de expansão e desenvolvimento econômico.
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Em resumo, a moeda de 20 centavos do Cruzeiro com representação descentralizada da indústria petrolífera é um objeto de grande interesse e valor tanto para colecionadores quanto para apreciadores da numismática brasileira. Sua raridade, associada ao erro de cunhagem, a torna uma peça única e cobiçada, representando não apenas um item de coleção, mas também um fragmento da história econômica e cultural do Brasil.