Para quem está entrando agora no mundo da numismática, uma questão é sempre pertinente: afinal de contas, o que faz uma moeda se tornar rara? De acordo com os especialistas na área, existem várias respostas para esta mesma pergunta.
Em regra geral, pode-se afirmar que uma moeda pode ser considerada rara quando existem poucas peças circulando. Assim, quanto menor for a tiragem, maior poderá ser o valor de revenda.
Dentro desse mesmo contexto, também se pode afirmar que moedas que contam com erros ou variantes específicas podem ser consideradas valiosas em um mesmo patamar. Afinal de contas, os exemplares que foram cunhados e distribuídos com esses defeitos são minoria no nosso cotidiano.
É o que acontece, por exemplo, com as moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real. Estamos falando de peças que foram produzidas desde 1998 e que fazem parte do nosso cotidiano.
Para ajudar no processo de identificação desses exemplares, listamos abaixo um grupo com as principais características das moedas de 10 centavos da segunda família do Plano Real segundo as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Uma das principais curiosidades sobre a moeda de 10 centavos da segunda família do Plano Real é que ela conta com a representação de uma das figuras mais conhecidas da história do Brasil: Dom Pedro I. Ele foi um dos principais condutores do país no processo de Independência da Coroa Portuguesa.
De acordo com historiadores, Dom Pedro I foi muito criticado pelo seu autoritarismo, o que motivou o seu divórcio com as elites brasileiras. No meio da crise, ele renunciou ao trono em 1831 e voltou a Portugal.
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, as moedas de 10 centavos podem ser consideradas valiosas caso contem com uma duplicação no termo Dom Pedro I
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para identificar essa imprecisão. A verificação pode ser feita a olho nu por qualquer pessoa.
Os valores de revenda, no entanto, variam a depender do ano de fabricação. Na imagem abaixo, você pode conferir os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados para cada caso:
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.