Às vezes, os brasileiros procuram dinheiro na carteira, mas não acham mais do que moedas. Nesses casos, a frustração é o sentimento que costuma surgir, até porque não há praticamente nada que se possa comprar no país com apenas centavos. Contudo, esses itens podem valer muito mais em um universo específico, o da numismática.
A saber, as pessoas que estudam cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico recebem o nome de numismatas, termo também utilizado para designar o ato de colecionar estes itens.
Antigamente, a numismática se limitava a poucas pessoas que demonstravam ter verdadeiro fascínio por esse mundo. Entretanto, desde a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016, as moedas passaram a atrair mais atenção, e o número de colecionadores passou a crescer significativamente no país.
Recentemente, uma moeda de 10 centavos passou a valer muito mais do que centavos no país. Em suma, o modelo possui uma característica que o torna incomum, e isso provocou a sua valorização. Na verdade, os numismatas se mostram dispostos a pagarem caro por moeda com baixo valor facial devido a alguma característica que a torne única e rara, e foi justamente o que aconteceu com uma moeda de 10 centavos.
No Brasil, o Banco Central faz os pedidos de fabricação do dinheiro à Casa da Moeda, conforme necessidade. Em resumo, os itens são padronizados e idênticos, já que todas as imagens, formas e tamanhos são iguais e específicos para cada valor facial.
No entanto, os exemplares nem sempre saem como planejado e alguns acabam apresentando erros ou defeitos de fabricação. Isso até poderia fazê-los valer menos, mas o que acontece é justamente o contrário, e essas falhas, que os tornam únicos, elevam significativamente o seu valor.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, uma moeda de 10 centavos passou a valer até 400 vezes o seu valor facial. Em síntese, o item foi fabricado em 2008 e apresenta um erro peculiar, muitas vezes imperceptível aos olhos da maioria da população, conhecido como “rastro nas estrelas”.
No reverso da moeda, estão dispostos valor, ano de cunhagem e alusão ao Pavilhão Nacional. Contudo, no caso da moeda rara de 10 centavos, existem alguns rastros próximos às estrelas, que podem aparecer mais próximos da borda ou mais centralizados em relação às estrelas.
Vale destacar que as moedas podem ter o mesmo erro, mas, ainda assim, o defeito pode se apresentar de maneira variada. Isso também é um fator que faz o valor do item variar, podendo ser vendido por preços mais elevados ou mais reduzidos, a depender da sua raridade.
Em síntese, as moedas de 10 centavos que tenham o rastro mais centralizado em relação às estrelas chegam a valer até R$ 25. Contudo, os exemplares com esse mesmo defeito, mas que estes se localizem mais próximos à borda, possuem um valor de até R$ 40. Quem não gostaria de trocar 10 centavos por dezenas de reais?
Muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, como tiragem baixa, fabricação de exemplares para datas comemorativas, modelos com erro de cunho ou produção e poucas unidades em circulação no país.
Em suma, essas são as principais características que tornam uma moeda bem mais valiosa do que ela é. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Entretanto, vale destacar que a maioria absoluta das moedas não possui qualquer peculiaridade que as diferenciem das demais. Nesses casos, os itens só conseguem ter uma valorização expressiva em relação à antiguidade, mas esse fator também depende da tiragem do modelo. Em outras palavras, quanto menos peças fabricadas, mais fácil que ela se valorize.
Muitas pessoas têm moedas raras, mas não sabem como vendê-las. Essa questão é simples, mas é preciso alertar todos os que estão dispostos a venderem seus modelos que os colecionadores buscam moedas sem arranhão, com a imagem limpa e sem manchas e com todos os traços e marcas de fabricação.
As pessoas que tiverem exemplares nestas condições deverão ter mais facilidade para venderem seus itens, pois estes são os mais procurados pelos colecionadores.
Em suma, os especialistas afirmam que as pessoas devem a moeda conservada em algum saquinho ou papel filme para que ela mantenha as suas formas originais. Isso pode ser feito com outros modelos, que podem se valorizar com o passar do tempo.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online, isso sem contar na venda direta para colecionadores.