As moedas costumam atrair a atenção de algumas pessoas devido a suas características históricas e artísticas. Muitos brasileiros colecionam estes itens, pois eles fazem parte da construção do país e da sua economia, e o real, a moeda vigente no país, surgiu com o objetivo de controlar a inflação, que atingia níveis astronômicos nos anos 90.
A importância do real brasileiro é enorme para o país, e diversas pessoas que colecionam estes itens chegam a pagar verdadeiras fortunas por eles. Caso o modelo tenha alguma característica específica, seu valor tende a crescer significativamente.
Entretanto, exemplares comuns também podem fazer sucesso e ganhar uma grande valorização com o tempo. Esse é o caso de uma moeda comum de 1 real, que vale muito mais do que a população imagina.
Aliás, as pessoas não costumam ficar muito animadas ao encontrar moedas na carteira ou no fundo da gaveta, já que estes itens não têm muito valor no país. Na verdade, as pessoas gostam de ter cédulas, pois todas elas valem mais que moedas. O problema é que é bem mais fácil esquecer alguns centavos do que muitos reais na carteira ou no bolso de alguma roupa.
Embora as moedas de 1 real não façam muito sucesso no Brasil, a realidade pode ser bastante diferente para alguns brasileiros, pelo menos se eles possuírem os modelos procurados pelos colecionadores.
A saber, as pessoas que estudam cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico, recebem o nome de numismatas. Além disso, o nome também é utilizado muitas vezes para designar o ato de colecionar estes itens, ou seja, os colecionadores são chamados de numismatas.
No Brasil, o Banco Central faz os pedidos de fabricação do dinheiro à Casa da Moeda, conforme necessidade. Em resumo, os itens são padronizados e idênticos, já que todas as imagens, formatos e tamanhos são iguais e específicos para cada valor facial.
Às vezes, alguns itens apresentam alguma falha de cunhagem e acabam se valorizando, já que se tornam raros. Como o erro não reduz a funcionalidade da moeda, que pode ser passada em negociações sem problema, a peculiaridade passa a ser um charme para o item, pois o torna único. E os colecionadores acabam pagando caro por estes exemplares.
No entanto, outros itens também fazem sucesso, e nem precisam ter qualquer erro de cunhagem. Foi o que aconteceu com uma moeda de 1 real, fabricada há 25 anos, que teve o seu valor elevado em 200 vezes. Em suma, o item não apresenta qualquer falha, ou seja, o modelo é comum, mas a antiguidade e sua baixa tiragem elevaram significativamente o seu valor no país.
Nos últimos tempos, uma moeda de 1 real vem mexendo com o imaginário dos numismatas. Trata-se de um exemplar fabricado há mais de duas décadas, em 1999, e sua fama cresce com o tempo devido à dificuldade de encontrá-lo.
Aliás, confira abaixo as menores tiragens anuais de moedas de 10 centavos da 2ª família do real:
A Casa da Moeda fabricou menos de 100 milhões de moedas de R$ 1, da 2ª família do real, apenas em sete anos. O grande destaque foi o ano de 1999, que teve menos de 4 milhões de unidades produzidas. Em todos os outros anos, a tiragem superou essa marca, com destaque para o ano de 2008, quando houve a fabricação de quase 665 milhões de moedas de 1 real.
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Confira o valor da moeda comum de 1 real de 1999, segundo o catálogo ilustrado de Moedas com Erros:
De acordo com especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar uma luva para que não haja desgaste do material, até porque as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos mais gastos.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online, isso sem contar na venda direta para colecionadores.