O colecionismo de moedas antigas possui uma grande importância no Brasil. O ato de colecionar itens antigos conecta as pessoas ao passado e tem um valor inestimável. E uma moeda comemorativa de 1 real vem mexendo com o imaginário dos brasileiros nos últimos tempos.
Na verdade, muitas pessoas têm moedas raras guardadas na carteira ou no fundo da gaveta. Contudo, nem todas elas sabem que podem ganhar verdadeiras fortunas com a venda destes itens, pois não conseguem identificar as características que tornam estes exemplares tão incomuns assim.
Em resumo, o mundo do colecionismo de moedas ganha mais adeptos a cada dia que se passa. O estudo de cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico se chama numismática e tem crescido significativamente no país nos últimos tempos.
As moedas se valorizam com o tempo devido a devido a algumas características que tornam os itens únicos. Por isso, os modelos não precisam nem ser tão antigos assim para valerem mais. O que realmente importa são as particularidades citadas abaixo:
Em suma, essas são as principais características que tornam uma moeda mais valiosa. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Em 2002, o BC lançou a moeda de um real em comemoração ao centenário de nascimento de Juscelino Kubitschek. Em síntese, ele foi presidente do Brasil entre 1956 e 1961.
A tiragem da moeda chegou a 50 milhões de unidades, em uma época que havia 247 milhões de moedas de 1 real em circulação no país. No final de 2022, o número de moedas de 1 real tinha crescido expressivamente, e o país tinha 4 bilhões destes modelos em circulação, segundo dados do BC.
Isso mostra que a tiragem da moeda comemorativa de Juscelino Kubitschek ficou muito pequeno. Por isso que o item se valorizou, uma vez que encontrá-lo se tornou algo difícil de acontecer.
Em resumo, as moedas possuem classificações quanto os seu estado de conservação. O primeiro deles se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam sinais de desgaste ou manuseio e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos mais buscados, que possuem os maiores valores do mercado.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em suma, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
A moeda de 1 real do centenário de nascimento de Juscelino Kubitschek vem se valorizando a cada ano. Segundo o catálogo de Moedas com Erros, a moeda pode chegar a valer até R$ 180 se possuir o seguinte defeito: data marcada.
Em síntese, a data foi cunhada no reverso, mas ultrapassou o disco e acabou aparecendo, levemente, no anverso, próximo aos olhos da efígie de Juscelino Kubitscheck. Esse erro elevou o valor do modelo para a faixa de R$ 180. Contudo, esse valor é apenas uma base de negociação. A depender da vontade do comprador, o valor pode subir ainda mais.
Os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online (como Mercado Livre e Shopee), isso sem contar na venda direta para colecionadores.