O universo da numismática atrai milhares de pessoas no Brasil. O interesse cresce devido a vários motivos, como valor histórico e cultural dos itens, que contam o passado do país. Além disso, o vem ganhando cada vez mais espaço nos sites e noticiários pela internet no país por causa dos altos valores que as moedas podem alcançar.
A saber, o termo numismática se refere ao estudo, pesquisa e especialização em cédulas, moedas e medalhas sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico. O nome também caracteriza o ato de colecionar estes itens, e o número de numismatas só faz crescer no país.
Nos últimos tempos, tornou-se relativamente comum encontrar pessoas dispostas a pagarem caro por itens com valores monetários baixos. Esse é o caso de uma moeda comemorativa de 1 real, cujo valor facial é de simplesmente 1 real, mas o seu valor no universo da numismática pode chegar a R$ 1.350.
A busca por moedas ocorre devido às peculiaridades que os itens possuem. Em suma, as peças se valorizam principalmente por causa das características abaixo:
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central. Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares, e são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Foi isso o que aconteceu com a moeda apresentada neste texto. Trata-se de uma peça fabricada em comemoração aos 50 anos do Banco Central. O modelo possui o valor de 1 real e teve 50 milhões de unidades fabricadas em 2015. Esse número não é considerado elevado, já que as tiragens das moedas de 1 real chegam à casa das centenas de milhões em vários anos.
A propósito, a moeda comemorativa possui as seguintes características:
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erros, a moeda comemorativa pode valer por até R$ 1.350 devido ao seguinte erro de fabricação: seu reverso está invertido em 180º. Para conferir se o modelo está com o reverso invertido, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ele está invertido, algo que não deveria acontecer.
Cabe salientar que as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação, e isso influencia o valor das peças. O primeiro termo se chama flor de cunho (FC), que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação.
Por sua vez, o estado de soberba (S) se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
De acordo com especialistas, as pessoas devem manter as moedas armazenadas em saquinhos plásticos ou papel filme e não devem manuseá-las com as mãos nuas. O mais indicado é utilizar luvas para que não haja desgaste do material, pois as moedas que mantêm suas formas originais costumam valer bem mais que os modelos gastos.
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Vale ressaltar que os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados.