O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou em uma entrevista nesta segunda-feira (28/09), durante o fórum de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que o Brasil possui um futuro promissor relacionado ao crescimento de sua economia. A princípio, ele listou 25 movimentos na geopolítica, neste sentido.
Todavia, Fernando Haddad falou que o país apresenta inúmeras vantagens competitivas que podem ajudar o país no desenvolvimento de sua economia. O ministro apontou que o Brasil está inserido em um cenário mais favorável, em relação a outros países. Ele citou a guerra comercial entre os EUA e a China.
Analogamente, a Guerra da Ucrânia e as enormes dívidas de outros países em desenvolvimento, colocam o Brasil na frente da economia mundial, visto que o país atualmente não possui muitos débitos em atraso, em dólar. Sendo assim, Fernando Haddad afirma categoricamente, que tem muita esperança no futuro do país.O m
inistro da Fazenda afirmou durante a coletiva de imprensa, que o Brasil tem chamado a atenção de outras nações do mundo por ter conseguido superar inúmeras crises externas com uma certa firmeza. Vale ressaltar que o país conseguiu se superar diante das dificuldades da crise da economia no ano de 2008.
Em relação à sustentabilidade, Fernando Haddad disse que cerca de metade das matrizes energéticas do país são oriundas de fontes limpas. Por essas e outras razões, o Brasil apresenta algumas vantagens competitivas, relacionadas ao meio ambiente. Ademais, o país poderia contribuir para uma nova industrialização.
Em síntese, através dessas matrizes energéticas renováveis, o Brasil poderia aumentar em 100% a geração de energia limpa, nos próximos seis anos. Fernando Haddad afirma que o país pode então receber os chamados investimentos verdes, ou seja, em produtos sustentáveis, produzidos em todo o território nacional.
O ministro da Fazenda afirmou que o Governo Federal, neste momento, tem como prioridade a execução do chamado Plano de Transformação Ecológica. Aliás, Fernando Haddad diz que a economia do país pode se beneficiar da transição de matrizes energéticas visto que ela poderia ser um motor para a economia nacional.
Fernando Haddad citou o encontro de Lula (PT), com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o enviado especial para o Clima dos EUA, John Kerry, em Nova York. Eles conversaram sobre a sustentabilidade. O ministro da Fazenda disse que durante a COP 25 em Belém, o Brasil irá apresentar as vantagens do etanol.
Dessa maneira, durante a reunião do G20 em 2024, que será presidida pelo Brasil, o presidente Lula e sua equipe também deverão apresentar ao mundo o potencial do combustível, que é bem mais limpo do que a gasolina. O presidente brasileiro, desde a Cúpula da Amazônia, tem falado sobre investimentos em sustentabilidade.
Ademais, Fernando Haddad também falou sobre as eleições na Argentina no mês que vem. De acordo com o Ministro da Fazenda, o Mercosul atualmente está em perigo. Ele afirmou que um acordo do bloco econômico junto à União Européia poderia trazer inúmeros benefícios, combatendo a desorganização da região.
Dessa forma, Haddad disse que “o Mercosul está em risco, sobretudo por eventos que podem acontecer no parceiro comercial”. Ele disse que Lula vem se esforçando bastante, com o intuito de efetivar o acordo com os europeus. Há uma preocupação relativa às eleições e ao novo presidente argentino, que poderia desorganizar o bloco.
O ministro da Fazenda, ao falar sobre o encontro junto ao presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, afirmou que ainda nesta segunda-feira, no período da tarde, teria uma reunião junto a representantes de empresas multinacionais norte-americanas. Um acordo com a maior economia do mundo aprofundaria suas relações bilaterais.
Um grupo de trabalho, composto por representantes do Brasil e dos Estados Unidos, será formado. Eles deverão discutir várias questões sobre o clima. Haddad diz que “Estamos estudando para apresentar para o governo americano, até o final do ano, um acordo de cooperação que vai envolver pesquisa, investimentos, e comércio”.
Em conclusão, Haddad, em relação à economia, disse que conversou com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e John Kerry, enviado especial dos Estados Unidos. Eles falaram sobre a importância do Brasil em relação a uma estabilização em toda a América Latina, e de sua atuação neste sentido.