Direitos do Trabalhador

Mesmo com Auxílio, parte da população deixou de comer carne vermelha

De acordo com estudo da CNI, parte da população teve que deixar de comprar alguns alimentos, inclusive a carne vermelha

O Governo Federal retomou no último mês de abril os pagamentos do novo Auxílio Emergencial. No entanto, nem o retorno dos repasses fez com que a situação de boa parte dos brasileiros mudasse. Pelo menos é isso o que aponta um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com o levantamento em questão, cerca de 40% da população brasileira teve que cortar algum gasto ou despesa nesta pandemia. Esse número engloba portanto todos os tipos de uso do dinheiro para qualquer tipo de serviço ou compra.

Dentro deste grupo, existem as pessoas que tiveram que cortar itens básicos de alimentação, como por exemplo a carne. Nas redes sociais, muita gente concorda com o resultado da pesquisa. É que muita gente teve mesmo que cortar esse elemento no supermercado.

Pesa para isso uma série de fatores. O primeiro dele é o aumento do desemprego no país. Mais pessoas estão tendo que deixar os seus trabalhos. E com isso a renda desses brasileiros está caindo. Além disso, há o aumento no valor dos alimentos, incluindo aí a carne vermelha.

E há também a questão do Auxílio Emergencial. O Governo Federal optou por cancelar os pagamentos ainda em janeiro deste ano. Só depois de muita pressão é que o programa voltou, mas ainda assim com valores muito mais baixos se compararmos com os repasses do ano passado.

Auxílio Emergencial

De acordo com o Ministério da Cidadania, que é a pasta responsável pelo benefício, o Governo Federal está fazendo quatro pagamentos neste novo Auxílio. Os valores variam entre R$ 150 e R$ 375. Isso é portanto bem menos do que os R$ 600 que o próprio Planalto pagou no ano passado.

Além disso, estima-se que cerca de 30 milhões de brasileiros tiveram que deixar de receber o benefício entre os anos de 2020 e 2021. Pelo menos é isso o que os dados do próprio Ministério da Cidadania mostram. O número de beneficiários caiu de 70 milhões para 30 milhões este ano.

Então na prática são menos pessoas recebendo valores menores do que os do ano passado. Tudo isso dificulta o pagamento de contas e a compra de itens neste momento. É portanto uma situação difícil. O Governo afirma que vai tentar resolver isso no segundo semestre.

Qual a solução do Governo?

De acordo com o Palácio do Planalto, vários membros governistas possuem uma série de ideias para tentar ajudar essas pessoas no segundo semestre deste ano. Uma dessas ideias é justamente prorrogar o Auxílio Emergencial até o próximo mês de novembro.

No entanto, outra parte da equipe do Ministério da Economia afirma que essa não seria a melhor forma de lidar com o problema em questão. Eles querem que o Ministério da Cidadania termine logo com a reformulação do Bolsa Família. Assim, o novo programa “substituiria” o Auxílio Emergencial.

Oficialmente, no entanto, ainda não dá para saber de muita coisa sobre essa situação. Isso porque o Governo Federal ainda não bateu o martelo sobre essa questão. De acordo com informações da imprensa, no entanto, eles querem fazer isso em breve para tentar evitar que as pessoas deixem de comprar carne por muito mais tempo.