Em evento online nesta terça feira (24), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ressaltou o que acredita ser mais importante em sua gestão frente à pasta.
De acordo com Ribeiro, a alfabetização de crianças nas escolas públicas e a educação profissionalizante estão entre as prioridades.
O objetivo, segundo ele, é atender as necessidades de produtores, empresários, assim como indústrias, por perfis profissionais determinados. Ou seja, quer atingir em cheio o setor produtivo.
Entretanto, para isso, o MEC tem que encontrar um meio para “simplificar e desburocratizar” a educação profissional.
“Os avanços no aumento da escolaridade média nas últimas décadas foram positivos, mas é preciso avançar mais na integração da educação com o mundo do trabalho. Tem de haver essa interface”, disse o ministro em videoconferência do Fórum de Educação Profissional do Estado de São Paulo.
O ministro admitiu que no campo acadêmico faltam estudos que mostrem a demanda relativa à qualificação profissional. De acordo com Milton Ribeiro, muitas pesquisas respondem questões que não são tão urgentes.
A fim de impor menos burocracias para que a educação profissional ocorra, Milton Ribeiro assumiu o compromisso de trabalhar nesse sentido. Ele quer, segundo sua fala no evento online, uma mais fácil oferta de mão de obra mais qualificada para as empresas e indústrias.
“Quero fazer com que o nosso MEC, que por anos tem se tornado, para nossa tristeza, um verdadeiro cartório com carimbos e autorizações, possa, sem perder qualidade técnica e controle das questões legais, se tornar algo mais amigável nas autorizações e credenciamentos”, defendeu.
“A disposição que a gente encontra nas indústrias e associações [no sentido] de poder ter essa interface com a escola é necessária porque são os senhores produtores, empresários e industriais que sabem qual é a necessidade e o perfil da mão de obra. Escola, professores e academia podem, quando muito, tentar, com essas informações, adaptar a questão da preparação do jovem para o mercado”, argumentou Milton Ribeiro ao defender a adaptação da educação profissional e tecnológica às “necessidades do setor produtivo”.
O ministro alertou que o Brasil terá de qualificar 10,5 milhões de trabalhadores em diversas ocupações até 2023.
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