Diante da pandemia de coronavírus, as atividades acadêmicas desenvolvidas de forma remota têm sido a principal alternativa das instituições de ensino para prosseguir em funcionamento. Na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, 13 das 41 instituições estão atuando dessa maneira. Para prover as condições necessárias ao funcionamento remoto, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) já destinou R$ 20 milhões em ações voltadas às instituições da rede.
Metade do valor deverá prover conexão à internet aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, principal gargalo levantado pela secretaria junto às instituições de ensino. O objetivo é atender a, inicialmente, 200 mil estudantes, com a perspectiva de ampliação para aproximadamente 400 mil. O Programa, que está sendo desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação Superior e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), está em fase de licitação e deverá gerar um modelo permanente de conexão para as entidades federais de ensino.
Os outros R$ 10 milhões foram destinados ao atendimento de demandas de oito instituições de ensino da Rede Federal para fortalecer ou iniciar o ensino remoto. As ações envolvem capacitação de docentes, aquisição de equipamentos para produção de material didático e para uso de alunos e soluções pontuais de conectividade.
Há ainda a expectativa de promover a doação de equipamentos de informática usados para estudantes de baixa renda. A doação deve partir de órgãos públicos federais, por meio da plataforma Reuse, desenvolvida pelo Ministério da Economia. Estima-se chegar a 10 mil equipamentos doados.
A futura retomada das atividades presenciais envolve a necessidade de readequação de ambientes e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e desinfetantes por servidores e estudantes. Nas próximas semanas, a Setec e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal se reunirão para alinhar uma padronização de materiais e serviços a serem utilizados pelas instituições de ensino.