Nesta quinta-feira, 11 de julho, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que tem uma meta de criar 108 escolas “cívico-militares” no Brasil até 2023. De acordo com a pasta, o objetivo do governo é instalar um por ano, até 2023, em cada uma das 27 unidades da federação. De acordo informações do MEC, serão 108 mil alunos atendidos.
O anúncio foi feito durante a divulgação de um compromisso firmado entre o MEC e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
A criação das escolas cívicos-militares, termo utilizado pelo MEC, foi uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro. “As escolas cívicos-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. A meta é aumentar a média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O índice é superior nos colégios militares – 6,99 ante 4,94 dos civis”, informa o texto divulgado pela assessoria de comunicação social do MEC.
Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Jânio Carlos Endo Macedo, as novas escolas serão construídas em regiões carentes. “Se não colocar em locais carentes, vai fazer o quê? Vai aumentar a diferença de conhecimento dessa população,” disse o secretário.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, falou sobre o foco na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio. Tradicionalmente, o Brasil gasta mais na educação superior.
Weintraub ainda falou da intenção em colocar nada menos que 1,7 milhão de crianças na creche e ampliar o ensino técnico para 30%. Atualmente, essa modalidade de ensino atende apenas 8% dos alunos do ensino médio. Para isso, falou em aumentar a carga horária do ensino médio.
As disciplinas obrigatórias continuarão sendo dadas, mas, no contra-turno, o aluno poderá frequentar as áreas nas quais tiver mais interesse.
Além disso, existe uma previsão de conectar 6,5 mil escolas rurais em todos os estados através de banda larga via satélite. As escolas urbanas, pelo plano, também vão vão contar com internet.
Além disso, o governo tem objetivo de fomentar cursos à distância para os professores da educação básica que não são graduados na área em que lecionam.