A chegada do bebê, sem dúvidas, é um momento especial na vida de uma mãe, entretanto, essa fase pode ser marcada por alguns transtornos, que muitas vezes não recebem diagnóstico e nem tratamento adequado, como é o caso da disforia puerperal, também conhecida como “Baby Blue”.
Esta condição provoca mudanças repentinas de humor, exaustão, falta de concentração e insônia.
Visto a semelhança dos sintomas da depressão pós-parto, muitas vezes esses quadros são confundidos, o que acarreta em mais prejuízos à saúde emocional da mãe.
De acordo com uma pesquisa da American Pregnancy Association, aproximadamente, 80% das mães passam pela labilidade emocional, devido às alterações hormonais, que ocorrem no organismo da mulher pós-parto.
O período pós-parto gera uma queda brusca dos hormônios estrogênio e progesterona, que contribuem para um quadro de intensa melancolia. Além disso, outros hormônios produzidos pela glândula tireoide também podem sofrer redução, ocasionando alterações físicas como irregularidade na pressão arterial, má circulação sanguínea, inclusive, agravações no sistema imunológico e metabólico.
Apesar de os sintomas serem semelhantes, as diferenças entre a condição Baby Blue e a depressão pós-parto são inúmeras, a começar pela duração dos quadros.
Visto que o Baby Blue é uma condição passageira, o mais recomendado por médicos especialistas é que haja compreensão do parceiro e familiares, inclusive, ajuda nos cuidados com o bebê, visto que o descanso da mãe é fundamental.
Caso os sintomas persistam por mais de 15 dia é necessário buscar auxílio psicológico ou médico.
Realizar terapias familiares e práticas como meditação podem ajudar a controlar o estresse emocional desse período.
Além disso, cuidar da alimentação é extremamente importante no puerpério, pois além de garantir todos os nutrientes necessários para amamentação do bebê, alguns alimentos podem ajudar a evitar quadros de transtornos emocionais. Peixes ricos em ômega 3, vegetais de folhas escuras e oleaginosas são alguns exemplos de refeições que devem ser integradas neste período, a fim de reduzir a chances de Baby Blue ou Depressão pós-parto.
Vale também destacar, que a condição Baby Blue não é considerada um princípio de depressão ou gatilho para desenvolvê-la, porém, em caso de sintomas graves e persistentes é extremamente necessário buscar auxílio médico para um diagnóstico correto, e logo, o tratamento precoce.