Mais de 7 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade não estão recebendo nenhum tipo de benefício do Governo Federal neste momento. Pelo menos é isso o que mostram os dados de uma projeção da Defensoria Pública da União (DPU). Os dados passaram por uma divulgação nesta semana.
De acordo com o levantamento, o Brasil tem cerca de 49 milhões de pessoas em situação de pobreza ou de extrema-pobreza. São brasileiros que estão vivendo com menos de R$ 178 de maneira per capita por mês. Uma parte destes está recebendo o dinheiro do Auxílio Emergencial neste momento.
Outra parte, segue recebendo os valores do Bolsa Família. A soma desses dois grupos é igual a 41 milhões de pessoas. Isso é menos do que a quantidade de indivíduos que estão em situação de pobreza ou extrema pobreza. Seria uma diferença de 7 milhões de brasileiros que não estariam em nenhum desses dois programas.
No entanto, a própria DPU afirma que esse número de pessoas que não estão recebendo nada deve ser muito maior. Acontece que existem indivíduos que estão recebendo o Auxílio, mas que não estão no Cadúnico. Isso faz essa margem de cidadãos não atendidos ficar ainda maior de acordo com os dados oficiais.
Além disso, vale lembrar que as pessoas que estão em situação de pobreza ou de extrema pobreza não se resumem ao Cadúnico. Estima-se que milhões de brasileiros que estejam passando por necessidades sequer estejam nesta lista. No final das contas, é de se imaginar que muito mais do que 7 milhões precisem de ajuda do Governo agora.
Recentemente, o Palácio do Planalto anunciou que vai prorrogar o Auxílio Emergencial por mais três meses. O programa que iria durar até o próximo mês de julho, agora deve seguir, pelo menos, até o próximo mês de outubro.
No entanto, não há previsão de novas entradas para novas pessoas no programa. Pelo menos é isso o que diz o Governo. Na prática, isso significa que os brasileiros que não estão recebendo nada, seguirão sem poder entrar no Auxílio.
E com o anúncio da prorrogação do benefício, isso acabou se tornando uma coisa ainda mais difícil. Isso porque essas pessoas ficaram sabendo que terão que esperar pelo menos até outubro para tentar uma vaga em um programa social.
Vale lembrar que o número de pessoas que estão sem receber nada tende a crescer mais ainda nos próximos meses. É que de acordo com o Governo Federal, o Dataprev vai continuar realizando cortes em benefícios.
De acordo com as informações oficiais, cerca de 2 milhões de pessoas tiveram bloqueios em suas contas desde o início dos pagamentos deste ano. E essas revisões do Dataprev devem continuar nesse mesmo ritmo.
Segundo o Governo Federal as pessoas só estão perdendo o benefício porque não atendem mais a todos os critérios do Auxílio Emergencial. Vale lembrar que não adianta cumprir a maioria, e sim todas as regras do programa.