O Lúpus é uma doença autoimune que está presente na vida de mais de 65 mil brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Nesta condição, o sistema imunológico ataca as células do corpo, visto que não consegue distinguir os antígenos dos tecidos saudáveis e acaba destruindo as células normais do organismo.
Além disso, o Lúpus pode se manifestar em qualquer momento da vida, sendo muito comum entre mulheres de 20 a 40 anos.
Esta doença também pode ser diferenciada entre dois tipos, a Lúpus Discoide, quando ataca apenas a pele, como também o Lúpus Sistêmico, que atinge vários órgãos e tecidos ao mesmo tempo, sendo considerada a forma mais grave da doença.
A palavra Lúpus significa “lobo” em latim. Esta referência à doença se faz, devido às manchas da face, provenientes da condição se assemelharem a uma mordida de lobo, de acordo com sua primeira descrição ainda no século XVIII na Europa.
Outra curiosidade sobre a doença, é que essas manchas também lembram asas de borboleta, por isso, este animal se tornou o símbolo internacional da doença.
Além dessas manchas avermelhadas que aparecem na face, o Lúpus também pode provocar:
Quando os anticorpos do Sistema Imunológico atacam as células saudáveis do corpo, há uma inflamação em diversas partes do organismo. Visto que esta inflamação se origina dos vasos sanguíneos e como eles estão por toda parte do corpo, qualquer lugar do organismo pode ser afetado.
As agravações consideradas de risco do Lúpus estão relacionadas aos órgãos do sistema neurológico e rins.
Nos rins, por exemplo, o Lúpus pode levar até a necessidade de um transplante. Já no sistema nervoso, a condição aumenta os riscos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de ser gatilho para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos ou psicomotores.
Não há causas definidas para o lúpus, assim como a maioria das doenças autoimunes, entretanto, há associações a fatores genéticos, hormonais e ambientais para seu desenvolvimento.
Para portadores já diagnosticados com lúpus, existem condições consideradas gatilhos para a manifestação da doença, tais como:
A identificação do Lúpus é feita em duas etapas. A primeira corresponde à análise dos sintomas, já a segunda, se faz necessária a aplicação de exames específicos, como os dos anticorpos anti-Sm e anti-DNA.
Os tratamentos incluem desde a introdução medicamentosa para estabilizar as alterações imunológicas, como também, para amenizar os sintomas da doença.
Evitar exposição ao sol, além de priorizar uma alimentação mais saudável, prática de exercícios e higienização das possíveis feridas, a fim de evitar infecções, também são algumas das orientações destacadas pelos especialistas em reumatologia para o tratamento.
O mais indicado, em caso de sinais de Lúpus é buscar uma avaliação médica, a fim de iniciar os cuidados imediatos, caso seja confirmada a condição.