As crises de enxaqueca, sem dúvidas, representam um transtorno no dia a dia de quem sofre com a condição. Durante as dores intensas, o indivíduo geralmente não consegue realizar suas atividades convencionais, inclusive, muitas vezes apresentam até outros sintomas, como vômitos e náuseas.
Estima-se que 30 milhões de brasileiros já tenham passado por uma crise de enxaqueca, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia. A condição é ainda mais frequente em pessoas de 25 a 50 anos, inclusive em mulheres, visto que os hormônios estão diretamente associados a esta patologia.
Apesar de não haver uma causa especifica para seu aparecimento, especialistas destacam que a enxaqueca acontece devido a um desequilíbrio químico no cérebro que afeta neurotransmissores, a integridade de biomoléculas cerebrais e o fluxo hormonal neurológico.
Considerada como umas das principais doenças incapacitantes do mundo, a enxaqueca muitas vezes pode ser evitada, já que alguns gatilhos contribuem para o surgimento da crise.
Muitos casos de enxaqueca estão ligados à predisposição genética, entretanto, a reação a determinados gatilhos externos também pode ser decisiva na hora do acometimento.
Estes gatilhos geralmente enviam impulsos aos vasos sanguíneos cerebrais, que acabam sofrendo a constrição e dilatação. Durante este processo, substâncias inflamatórias, como serotonina e as prostaglandinas, também são liberadas no sistema neurológico, provocando a dor.
Diante disto, as crises podem ser prevenidas ou pelo menos reduzidos ao evitar tais gatilhos.
Os gatilhos mais comuns para crise de enxaqueca são: má alimentação e sono de má qualidade. Veja mais detalhes desses gatilhos.
Uma alimentação desequilibrada pode ser um gatilho para a crise de enxaqueca. Isso porque determinados alimentos possuem elevadas concentrações de glutamato monossódico, agente que pode levar um aumento da atividade da acetilcolina, neurotransmissor estimulante da função muscular; bem como atuar na inibição da absorção de glicose por parte das células cerebrais, gerando assim as dores intensas na cabeça.
Outros produtos industrializados que apresentam compostos de conservação, também estão associados aos episódios de enxaqueca, visto que atuam como vasodilatadores, além de aumentar a produção de óxido nítrico.
Os alimentos considerados gatilhos para enxaqueca são:
Apesar de serem considerados gatilhos, a restrição nunca é recomendada, entretanto, o consumo equilibrado pode ser mais conveniente.
A fragmentação do sono pode desencadear graves crises de enxaqueca.
Vale destacar que não só dormir pouco, como também, dormir muito pode agravar os episódios da condição.
As crises de enxaqueca decorrentes do sono acontecem devido às flutuações no nível de serotonina, durante o estágio REM (Rapid Eye Movement), que traduzindo do inglês significa Movimento Rápido dos Olhos. Esta etapa é a última etapa do ciclo do sono, caracterizada por intensa atividade cerebral e máximo relaxamento muscular, por isso deve acontecer de forma regular durante o período de descanso, sem interrupções ou exageros.
O mais recomendando é dormir de 6 a 8 horas por noite, de acordo com os especialistas.
Além desses gatilhos, outros motivos estão ligados às crises, como estresse, cheiros fortes, luz intensa, consumo exagerado de álcool, clima, condições ambientais e hormônios. Dessa forma, conhecer qual gatilho leva ao aparecimento de uma crise, assim como buscar alternativas para evitar esses estímulos pode ser uma maneira estratégica para não ter as temidas crises de enxaqueca.