Quantas pessoas recebem o Auxílio Brasil atualmente? Qual é o real tamanho da fila de espera? Qual é a média de pagamentos do vale-gás nacional? As respostas para estas e outras perguntas serão enviadas para a equipe do presidente eleito Lula (PT) a qualquer momento. Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal disse que vai colaborar com o compartilhamento de informações.
“A Caixa irá fornecer as informações solicitadas pelo Coordenador da equipe de transição e prestará o apoio técnico e administrativo necessário ao trabalho”, disse o banco por meio de nota um dia depois da vitória do petista. Além deles, o Banco do Brasil (BB) também já lançou um ofício dizendo que vai colaborar com o sistema de transição.
“Como integrante da administração pública o BB sempre cumpriu com a legislação que estabelece as regras de transição entre governos. O BB mantém sua postura de prestar neste momento todas as informações que forem solicitadas”, afirmou o Banco do Brasil através da sua assessoria de imprensa, também um dia depois da vitória de Lula.
É a partir destes dados que o novo governo federal poderá traçar metas e criar novas nuances para os benefícios. Somente através da Caixa Econômica Federal, o Governo faz pagamentos de programas como Auxílio Brasil, vale-gás nacional, auxílio-taxista, Pix Caminhoneiro e até mesmo abonos salariais.
“Eu tenho que começar a me preocupar como é que a gente vai governar esse país. Eu preciso saber se o presidente que nós derrotamos vai permitir que haja uma transição para que a gente tome conhecimento das coisas”, disse Lula no domingo (30), já antevendo a necessidade de pegar estas informações.
Na tarde do dia 1º de novembro, o presidente Jair Bolsonaro quebrou o silêncio e falou sobre o resultado das eleições. Ele não citou especificamente nada sobre o governo de transição e nem sobre compartilhamento de informações, mas logo na sequência do seu discurso, o Ministro Ciro Nogueira disse que vai conduzir o processo.
Já nos próximos dias, Nogueira deve participar de reuniões com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Os dois deverão debater os números e as informações que apenas membros do Governo Federal podem saber.
O vice-presidente eleito poderá levar estas informações para a equipe de transição, para que eles montem o processo de auxílios que estarão disponíveis a partir do próximo ano.
Tomando como base as promessas de campanha do presidente eleito, é possível dizer que o plano inicial de Lula é manter o Auxílio Brasil na casa dos R$ 600. Além disso, ele também pretende pagar um adicional de R$ 150 por cada família com filhos menores de seis anos.
Há ainda promessas de aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda e de aumento real do salário mínimo. Boa parte destas propostas dependem da divulgação prévia das informações que estão em ministérios e bancos públicos como Caixa Econômica Federal e o BB.