Economia

Lula reprova juros altos e ataca Banco Central (entenda!)

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a posse de Aloizio Mercadante (PT), para o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, falou sobre a decisão do Banco Central do Brasil (BC) de manter a taxa de Juros básica em 13,75% ao ano.

Lula criticou o Comitê de Política Monetária (Copom) por continuar com uma taxa Selic bastante alta, que é a mesma desde agosto do ano passado, o que pode gerar consequências negativas para a atividade econômica do país. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) esperava uma redução, o que não aconteceu.

Todavia, o próprio presidente da república estimava que os juros básicos recuassem cerca de 0,25% na última reunião do Copom, demonstrando que a Selic passaria por alguns momentos de queda. Lula afirma que o país possui uma política de juros altos, que não combina com a necessidade de crescimento da economia nacional.

Analogamente, Lula afirma que os empresários brasileiros devem aprender a reclamar com o Banco Central. De fato, a instituição financeira governamental, ganhou autonomia em 2021, atuando de forma independente do governo. O presidente do BC, Campos Neto, tem mandato até dezembro de 2024.

Taxa Selic

Durante a posse de Aloizio Mercadante, Lula afirmou que “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira”. Ele afirmou que em mandatos anteriores era cobrado por sua política de juros altos.

O presidente Lula falou em uma entrevista recente para uma revista, que acha uma bobagem a independência do Banco Central. Ademais, ela entrou em vigor em 2021, após uma Lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL), sendo bastante criticada pelos petistas.

A independência do BC teve como objetivo principal, permitir uma atuação técnica da instituição, a desvinculando do governo, tendo em vista que sua diretoria não poderia ser demitida, em casos como a manutenção, ou a alta da taxa básica de juros em nosso país. Dessa maneira, evita-se a atuação político-partidária.

Em síntese, a redução da taxa de juros é dependente das condições econômicas do país. A política de alta de juros do Copom, de janeiro de 2021 a agosto de 2022, fez com que a Selic subisse 11 pontos percentuais. O BC afirma que decidiu aumentar o índice para tentar conter a pressão inflacionária que via assolando a economia.

Economia Nacional

A inflação vem crescendo, segundo o BC, por conta da crise econômica causada pela pandemia de covid-19, pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, além de problemas internos em nosso país. Por conta da alta de preços, o Copom decidiu aumentar os juros, o que reduz a circulação de dinheiro, reduzindo a inflação.

A princípio, uma alta da taxa Selic deve ser acompanhada de ações que garantam um desenvolvimento econômico. O governo, por exemplo, precisa agir com responsabilidade fiscal e segurança jurídica. Ele deve realizar ações que buscam oferecer uma imagem positiva do país ao mercado e aos investidores.

Aliás, estas ações podem atrair investimentos para o país e controlar as contas públicas, que também podem ajudar no controle da pressão inflacionária como um todo. Especialistas dizem que por conta da alta dos preços no mercado brasileiro, é possível que a taxa Selic continue em alta nos próximos meses.

Crítica de Lula

 Lula afirma não concordar com a política do BC sobre a taxa Selic. Para o governo, ela acaba por reduzir a atividade econômica nacional, atrapalhando os empresários do país. Segundo ele, a categoria tem que aprender a reivindicar. O presidente falou que quando ele controlava o BC, todos o criticavam.

Desse modo, o presidente afirmou que se a classe empresarial brasileira não se manifestar. Se as pessoas acharem que está tudo certo com uma taxa de juros a 13,75% ao ano, a Selic nunca vai mudar. O Copom tem um desafio pela frente, visto que há discórdia do governo em sua atuação e um grande aumento da inflação.