Durante sabatina realizada pelo Correio Braziliense na manhã dessa última quinta-feira, 27 de outubro, o candidato a presidência do Brasil pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o país precisa valorizar o serviço público em todas as esferas, realizando novos concursos públicos e reajustando o salários dos servidores.
Para o candidato, não é possível avançar socialmente no país enquanto o servidor público for mal remunerado ou o houver déficit de funcionários.
“Eu fico triste porque o salário está menor, o salário do servidor público está menor. É preciso fazer concurso público para contratar mais gente, para fazer melhor atendimento. É preciso colocar mais dinheiro na saúde, na educação”, disse o candidato.
O ex-presidente ainda afirmou que não é aceitável que os servidores federais estejam sem reajuste salarial há anos. “Nós vivemos, hoje, um Brasil em que os servidores públicos não receberam nenhum reajuste de salário desde 2017. É uma coisa absurda. Então o povo quer mudar”, destacou.
Ainda, de acordo com a as informações do Jornal Correio Braziliense, o candidato Lula demonstrou abertura a contratação de novos servidores por meio de concurso público após responder questionamentos sobre a situação econômica do país.
Para o candidato, a única forma de investir em áreas como saúde e educação é contratando mais gente para atuar no serviço público.
O ensino público está sempre na mira dos candidatos à presidência e não seria para menos, afinal, esse é um dos principais temas para o desenvolvimento do país.
Como não poderia deixar de ser, o candidato do PT aproveitou o momento da sabatina realizada pelo jornal Correio Braziliense para propor melhores salários aos professores do país, caso seja eleito.
“Não adianta a gente querer comparar a escola privada e pública, porque na privada o professor ganha muito mais. Agora, no Brasil a gente quer que o professor trabalhe pagando um salário de fome”, afirmou Lula.
“Nós precisamos melhorar o ensino fundamental público no Brasil. Pra isso, precisamos aumentar o salário dos professores, dar condições”, completou o candidato.
O ex-presidente também mencionou a necessidade de um novo projeto de educação, que torne o ensino mais atualizado e inserido no contexto que rodeia as crianças e jovens de hoje. “As escolas precisam ter multifuncionalidade, para que as crianças gostem de ir pra aula”, disse.
Confira a sabatina completa realizada pelo jornal Correio Braziliense com o candidato Lula clicando aqui.
Tanto o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, quanto o candidato do PL, Jair Messias Bolsonaro, destacam em seus programas de governo, disponíveis para consulta no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a valorização da carreira pública e, consequentemente, dos servidores de diferentes instituições nacionais.
No plano de governo do candidato Lula é destacado que “Reafirmamos o nosso respeito e compromisso com as instituições federais, que foram desrespeitadas e sucateadas e com a retomada das políticas de valorização dos servidores públicos. Será aberto diálogo sobre a modernização das carreiras, a qualificação e a autonomia dos servidores.”
Já o plano de governo do candidato Bolsonaro informa que “O comprometimento do servidor motivado no trato com a coisa pública e em bem servir o cidadão, aliado às medidas de controle e integridade ampliarão a eficiência na prestação dos serviços. O aperfeiçoamento dos seus planos de cargos e salários será um dos meios de incentivar o servidor, assim como o reconhecimento de seus talentos, suas potencialidades e a realização de suas promoções por mérito, fruto de avaliações que incentivem o cumprimento de metas”.
Os candidatos Lula e Bolsonaro possuem propostas bem diferentes em relação ao tema privatização e estatização, assunto que interfere diretamente na vida de quem busca uma vaga na carreira pública.
Enquanto o programa de governo do candidato Lula prevê a valorização das instituições públicas, o plano do candidato Bolsonaro segue na contramão.
Para o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, a ideia é priorizar e defender a desestatização, ou seja, o candidato apoia a privatização das empresas e instituições públicas.
“Merecem destaque as ações de desestatização por meio da concessão de serviços públicos, de parcerias público-privadas e da privatização de estatais, como ocorreu com a Eletrobrás, que ampliadas, trarão benefícios diretos e indiretos para o cidadão brasileiro e permitirão ao Estado focar nas suas principais responsabilidades como saúde, educação, segurança e bem-estar.”, informa o plano de governo de Bolsonaro.
Já o candidato Lula menciona a importância de manter as instituições públicas como patrimônio nacional.
“Setores estratégicos do patrimônio público são privatizados e desnacionalizados, bancos públicos e empresas de fomento ao desenvolvimento são destruídos, num momento em que o quadro na infraestrutura é desolador. “Reafirmamos o nosso respeito e compromisso com as instituições federais com a retomada das políticas de valorização dos servidores públicos”, afirma o plano de governo do candidato petista.
Ainda de acordo com o programa de governo do ex-presidente Lula, a privatização vai contra os interesses da nação.
“Opomo-nos fortemente à privatização, em curso, da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A Petrobras terá seu plano estratégico e de investimentos orientados para a segurança energética, a autossuficiência nacional em petróleo e derivados, a garantia do abastecimento de combustíveis no país”, diz o plano de governo de Lula.
O plano informa ainda que “Opomo-nos à privatização dos Correios, uma empresa com importante função social, logística e capilaridade em todo o território nacional.“
Para ambos os candidatos, a segurança pública nacional é destacada.
O candidato Bolsonaro afirma a necessidade de aumento e continuidade dos investimentos nos Órgãos de Segurança Pública e nas Forças Armadas, bem como o aperfeiçoamento dos planos de carreira e de remuneração.
Já o candidato Lula informa em seu programa de governo que a melhoria da qualificação técnica dos policiais será uma busca permanente a ser alcançada, especialmente com a reformulação dos processos de seleção, formação e capacitação continuada, além de novos concursos públicos na área.