O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem a pretensão de nomear mulheres para comandarem a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BC). De acordo com aliados petistas, a bancária Maria Fernanda Coelho deve ir para a primeira instituição, onde já a presidiu em um momento anterior.
Maria Fernanda Coelho já atuou como ministra do Desenvolvimento Agrário no ano de 2006, quando Dilma Rousseff presidia o país. Esperava-se que ela retornasse à pasta no futuro governo, a partir de 1º de janeiro, porém, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) deve assumir o cargo de ministro em seu lugar.
Em relação à presidência do Banco do Brasil, dois nomes são cotados pelos dirigentes petistas. Uma delas é a administradora Taciana Medeiros, que já atuou na Fundação Petrobrás de Seguridade Social (Petros), e a executiva Ana Cristina de Vasconcelos, que trabalha atualmente no BB Previdência.
Para o Ministério do Planejamento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve entregar ao presidente Lula suas condições para assumir o cargo de ministra do Planejamento. Entre as condições para sua atuação no comando do ministério destaca-se o fato de que o controle dos bancos públicos passasse para a pasta.
Os dirigentes petistas, no entanto, acreditam que a exigência da Senadora não pode ser cumprida, visto que eles defendem que o Ministério da Fazenda se responsabilize por estas instituições financeiras. Portanto, a ida de Tebet para o Ministério do Planejamento ainda é uma incógnita.
O presidente Lula tem realizado um estudo para dividir um grande número de ministérios entre integrantes do chamado Centrão. Ao todo são oito pastas que devem ir preferencialmente para os partidos MDB, PSD e União Brasil. A Equipe de Transição já pensa em alguns nomes, porém há alguns obstáculos.
De fato, o presidente eleito deve apresentar seus nomes para as pastas, na última semana do ano. Ainda há 16 ministérios sem nomes anunciados, sendo que alguns se destacam pela sua importância, e outros por sua exposição política. Além disso, algumas pastas reúnem o comando de grandes recursos financeiros.
Dessa maneira, os três principais partidos, tidos como de centro ou centro-direita, se concentram nestes ministérios mais importantes. Ao todo, a disputa é pela indicação de oito pastas para o próximo ano. Vale ressaltar que é possível que o PSD fique com o Ministério da Agricultura e o de Minas e Energia.
O PSD pode ocupar ainda um terceiro ministério de modo a atender os deputados federais da sigla. Para a pasta ainda indefinida, foi cotado o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) que é um nome próximo ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), mas por conta de acusações de violência doméstica, foi preterido.
Espera-se que o MDB ocupe três ministérios, um deles, como já falado, para a Senadora Simone Tebet, que se reuniu com Lula na última sexta-feira (23/12). Espera-se que ela ocupe o Ministério do Planejamento, mas fala-se também de ela ir para o Ministério do Meio Ambiente no próximo governo.
O partido se reuniu com Lula e obteve a indicação de mais duas pastas, possivelmente os Ministérios das Cidades e o dos Transportes. No entanto, o União Brasil também busca ocupar a pasta das Cidades. O partido é novo, resultante da união do DEM com o PSL. Dessa maneira, há um impasse em discussão.
Espera-se que o União Brasil possa ocupar o Ministério da Integração Nacional. O líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), junto ao Senador Davi Alcolumbre (AP) conversaram com Lula nos últimos dias para debater sobre o modo como seu partido poderia ocupar os cargos no novo governo.
O Ministério do Turismo é uma pasta importante a ser ocupada, já que possui uma alta visibilidade em um país com um grande potencial turístico. Em conclusão, o Ministério do Planejamento também tem bastante valor, devido a ter sob sua responsabilidade, os recursos do Governo Federal.
Outras pastas que não tiveram ainda a indicação de nomes para seu comando são o Gabinete de Segurança Institucional, a Secretaria de Comunicação Social, os ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento Agrário, o Ministério do Esporte, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério da Previdência Social, etc.