Covid-19: Lula pede a Biden vacinas para o Brasil em entrevista à CNN dos Estados Unidos

Em entrevista à CNN americana concedida nesta quarta (17), o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva sugeriu que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, doe vacinas contra Covid-19 ao Brasil. De acordo com Lula, Biden deveria convocar uma reunião do G-20 para garantir a distribuição justa de imunizantes para conter o avanço global da pandemia.

“Eu sei que os EUA têm estoque de vacinas e que não vão usar todas. Talvez essas doses de vacina possam ser doadas ao Brasil ou países mais pobres que não podem pagar por ela”, disse Lula.

“Uma sugestão que eu gostaria de fazer ao Biden é convocar uma reunião do G20. É urgente chamar os principais líderes mundiais e colocar na mesa um só assunto: vacina, vacina, vacina”, completou o ex-presidente.

Na entrevista, Lula explicou que fez o pedido diretamente à Biden, pois ocupa o cargo de presidente do Brasil e não acredita no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

“A responsabilidade dos líderes internacionais é enorme, então estou pedindo ao presidente Biden que faça isso, porque não posso. Não acredito em meu governo [Bolsonaro]. Também não poderia pedir isso ao Trump [ex-presidente dos EUA], mas Biden é um sopro de democracia no mundo”, afirmou Lula.

Prioridade de Lula é salvar o Brasil da Covid-19

Quando perguntado sobre a possibilidade de disputar as eleições presidenciais de 2022, Lula disse que não negaria o convite. No entanto, sua prioridade no momento é o combate ao coronavírus no Brasil.

“Se, quando chegar o momento de disputar as eleições, o meu partido e os outros partidos aliados entenderem que eu posso ser o candidato, e se eu estiver bem de saúde com a energia que eu tenho hoje, eu não negarei o convite”, disse Lula.

“Mas eu não quero falar disso. Minha prioridade máxima agora é salvar esse país”, completou o ex-presidente, referindo-se ao enfrentamento à Covi-19 no Brasil.

A entrevista completa à jornalista Christiane Amanpour será exibida nesta quinta (18) na CNN internacional.

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