A moeda de 1 cruzeiro de 1983, com a cana-de-açúcar estampada, tem despertado curiosidade.
Criada durante o governo de João Figueiredo, apenas 100 mil unidades foram produzidas, tornando-a um item raro.
Recentemente, informações inflacionadas sobre seu valor circularam nas redes sociais, mas especialistas alertam que seu preço real é mais modesto.
Gustavo Oliveira, numismata, menciona que essas moedas geralmente são vendidas por cerca de R$ 3 mil.
O mercado numismático valoriza moedas antigas por sua raridade e contexto histórico, sendo importante verificar a autenticidade e o estado de conservação ao considerar investimentos nesse setor fascinante da coleção de itens históricos.
O Brasil já passou por diversas mudanças em seu sistema monetário até chegar ao real, a moeda utilizada atualmente.
Dentre as moedas antigas, algumas se destacam por seu valor histórico e colecionável. Uma dessas moedas é a de 1 cruzeiro (Cr$), especialmente a edição de 1983 que traz a ilustração da cana-de-açúcar.
Recentemente, essa moeda voltou a ser destaque na internet, levantando dúvidas sobre seu valor e raridade.
A moeda de 1 cruzeiro foi criada durante o governo de João Figueiredo, o último presidente militar do Brasil. Em 1983, foram produzidas apenas 100 mil unidades dessa moeda, que possui borda lisa e pesa 3,230 gramas.
A escolha da cana-de-açúcar como tema da moeda destaca a importância desse produto para a economia brasileira. Além da cana-de-açúcar, outras culturas agrícolas, como café e soja, também já foram homenageadas em moedas brasileiras.
A cana-de-açúcar sempre teve um papel crucial na economia do Brasil. Mesmo após 41 anos da criação da moeda, o produto continua sendo um dos principais pilares do setor agrícola.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2023/24 atingiu recordes históricos, com a produção de 713,2 milhões de toneladas de cana, 16,8% a mais que no ano anterior.
O estado de São Paulo lidera a produção com 50 milhões de toneladas, seguido por Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
O valor de uma moeda no mercado numismático, que envolve a compra, venda e avaliação de moedas, depende de sua raridade e estado de conservação.
Recentemente, um vídeo viral nas redes sociais afirmou que a moeda de 1 cruzeiro com a ilustração da cana-de-açúcar poderia valer até R$ 100 mil.
No entanto, essa informação é falsa. Segundo Gustavo Oliveira, um especialista em numismática, embora a moeda seja rara, seu valor real no mercado é bem menor.
Gustavo Oliveira esclarece que possui cerca de doze moedas de 1 cruzeiro de 1983, cada uma avaliada em aproximadamente R$ 3 mil.
“Muitos vídeos na internet exageram no valor das moedas para ganhar visualizações. O YouTube está cheio de desinformação sendo monetizada”, alerta Oliveira.
Ele menciona um exemplo de moedas das Olimpíadas, produzidas em 20 milhões de unidades, sendo vendidas por até R$ 7 mil, apesar de não terem valor significativo para colecionadores.
No mercado numismático, algumas moedas e cédulas são mais valiosas e disputadas pelos colecionadores.
Entre elas, destaca-se a cédula de 500 réis de 1932, que pode chegar a R$ 1,3 mil, e a moeda de cinco centavos de 1990, avaliada em até R$ 580.
Cédulas de Cr$ 1 e Cr$ 2 cruzeiros de 1965 também têm valor significativo, podendo ser vendidas por R$ 450 e R$ 350, respectivamente.
O valor de uma moeda é influenciado por diversos fatores, como a tiragem, o estado de conservação e a demanda no mercado.
Moedas bem conservadas e com tiragem limitada tendem a ser mais valiosas. Além disso, a história por trás da moeda e seu contexto histórico também podem aumentar seu valor.
Quem deseja entrar no mercado numismático deve tomar alguns cuidados. É importante buscar informações de fontes confiáveis e, se possível, consultar especialistas para avaliar corretamente as moedas.
Desconfie de valores exorbitantes e promessas de lucro fácil. A numismática é um hobby que requer paciência e conhecimento.