O governo federal decidiu adiar mais uma vez o processo de reoneração de impostos sobre 956 itens da chamada “Lista Covid”. Trata-se de um sistema que reúne insumos, remédios e equipamentos importados que estão com isenção de taxação desde o início da pandemia do coronavírus, em 2021.
No seu auge, a chamada lista covid chegou a contar com 646 produtos de saúde. Nenhum deles contava com impostos ao serem importados. O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, era evitar o risco de desabastecimento, justamente no período de emergência sanitária.
“Trata-se de instrumento de exceção à Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC), criado pela Resolução Gecex nº 17, de 17 de março de 2020, ao amparo do artigo 50, alínea d, do Tratado de Montevidéu de 1980, através do qual se criou uma lista de produtos cujas alíquotas do Imposto de Importação foram temporariamente reduzidas a zero com o objetivo de facilitar o combate à pandemia do Corona Vírus / Covid-19″, diz o Ministério da Saúde.
“A Lista COVID foi elaborada com o objetivo de incrementar a oferta de medicamentos destinados a combater a pandemia, bem como de máquinas e insumos utilizados para a fabricação nacional desses produtos, aumentando sua disponibilidade e diminuindo, assim, os custos para o sistema de saúde brasileiro e, também, para o cidadão.”
Com a decisão de não retomar a cobrança de impostos por agora, o governo mantém a isenção de taxação para uma série de produtos de saúde. Como dito, a lista conta com centenas de nomes. Abaixo, você pode conferir alguns deles.
Em setembro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também atua como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chegou a confirmar que o governo não mais aplicaria a isenção sobre estes produtos, já que o país não estaria mais em condição de emergência sanitária.
“Na pandemia, justificava-se zerar o Imposto de Importação, para não ter risco de desabastecimento. Vamos voltar à situação anterior à pandemia”.
“O tema ainda não foi deliberado porque MDIC e MS analisam detalhadamente a capacidade de fornecimento da indústria nacional e a dependência de importações de cada produto constante da Lista Covid, antes de enviarem uma proposta final”.